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Telegram apaga publicação de Bolsonaro após determinação do TSE

21 mar 2022, 15:05 - atualizado em 21 mar 2022, 15:07
Jair Bolsonaro
Apesar de não ser indiciado por vazamento de dados confidenciais, Bolsonaro tem mensagem apagada no Telegram por determinação do STF (Imagem: Shutterstock/Marcelo Chello)

O Telegram, aplicativo de mensagens que havia sido suspenso no Brasil, apagou uma publicação do presidente Jair Bolsonaro (PL) no domingo (20), após o líder do executivo divulgar documentos sigilosos sobre o andamento de investigações da Polícia Federal.

A medida foi tomada pela empresa depois de determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), feita após Bolsonaro compartilhar arquivos confidenciais acerca das investigações por trás da invasão hacker sofrida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 2018.

Mesmo sem evidências de que as urnas foram fraudadas, o presidente declarou “que o sistema eleitoral brasileiro foi invadido e, portanto, é violável”.

Na época da publicação, Bolsonaro travava um embate com a corte eleitoral a fim da implementação do voto impresso. Ao mesmo tempo, o STF dava encaminhamento ao inquérito das fake news e às investigações dos atos virtuais antidemocráticos – ambos relatados pelo ministro Alexandre de Moraes.

A publicação realizada em agosto de 2021 já era alvo de investigações da Procuradoria-Geral da República (PGR) desde o ano passado.

Entretanto, apenas em fevereiro deste ano que a Polícia Federal concluiu o vazamento de dados sigilosos, incriminando o presidente Bolsonaro, o deputado Filipe Barros (PSL) e o tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, ajudante de ordens da Presidência da República.

Apesar do vazamento de dados, apenas Barbosa foi indiciado, já que Bolsonaro e Barros não poderiam ser alvos de indiciamento sem autorização prévia devido ao foro privilegiado.

Estagiário
Estudante de jornalismo na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). Foi tradutor no Programa de Voluntários Internacionais da ONU durante dois anos. Na universidade, desenvolve pesquisas em Linguagem e História do Pensamento Social Brasileiro. Escreve sobre tecnologia, ciência, conflitos e assuntos internacionais.
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Estudante de jornalismo na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). Foi tradutor no Programa de Voluntários Internacionais da ONU durante dois anos. Na universidade, desenvolve pesquisas em Linguagem e História do Pensamento Social Brasileiro. Escreve sobre tecnologia, ciência, conflitos e assuntos internacionais.
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