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BC autoriza Banese a injetar R$ 70 milhões em empresa de cartões para se tornar majoritário

13 fev 2020, 12:41 - atualizado em 13 fev 2020, 12:41
Cartão de crédito Banese Card, emitido pela SEAC
Promoção: SEAC, que emite cartões do Banese, passará de “coligada” para “subsidiária” (Imagem: Divulgação/Governo de Sergipe)

O Banese (Banco do Estado de SergipeBGP4) informou que foi autorizado pelo Banco Central a prosseguir com o aporte de R$ 70 milhões na SEAC (Sergipe Administradora de Cartões e Serviços LTDA). A operação foi aprovada pelo conselho de administração do banco em junho de 2019.

O aporte elevará a participação do Banese, no capital da SEAC, de 49,75% para 73%. Na prática, isso significa assumir a posição de acionista majoritário. Em paralelo ao aporte, o Banese transformará a SEAC de empresa “coligada” para “subsidiária”.

Nos últimos dois anos, o banco sergipano tornou-se um acionista relevante na empresa sediada em Aracaju, por meio de dois aporte de capital. O primeiro, de R$ 22 milhões, foi anunciado em 03 de setembro de 2018 e elevou a fatia do banco na SEAC de 5% para os atuais 49,75%.

Na prática, isso significa que a fatia do Banese, na SEAC, aumentou 14,6 vezes em dois anos, ao custo de quase R$ 100 milhões.

Ajuda

Na ocasião, o Banese justificou a operação, argumentando que necessitava reforçar o caixa da empresa. A SEAC atua, basicamente, em dois mercados: o de captação de pagamentos (as famosas maquininhas de cartões de débito e crédito) e o de emissão de cartões de crédito, débito e alimentação.

Avanço: fatia do Banese na SEAC aumenta 15 vezes em dois anos (Imagem: Divulgação/Banese)(Imagem: Divulgação/Banese)

A SEAC administra cerca de 1 milhão de plásticos com as bandeiras Banese Card e 22 mil cartões Banese Refeição e Alimentação. Na área de adquirência, a SEAC conta com uma rede de 42 mil estabelecimentos credenciados.

O fato relevante divulgado pelo Banese não esclarece alguns pontos. O principal deles é quem são os outros cotistas da SEAC, e se eles foram diluídos nas injeções de capital de 2018 e 2020, ou deixaram o negócio (neste caso, caracterizando uma aquisição pelo banco).

Procurado pela reportagem de Money Times, o Banese não havia se pronunciado até a publicação deste texto.

Veja, a seguir, a íntegra do fato relevante divulgado nesta quinta-feira (13).

Veja o fato relevante de setembro de 2018.

Veja o último balanço do Banese, referente ao terceiro trimestre de 2019.

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
marcio.juliboni@moneytimes.com.br
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.