AgroTimes

Boa Safra (SOJA3) tem prejuízo de R$ 7 mi no 1º tri com custos; pedidos de sementes sobem 60%

16 maio 2022, 21:13 - atualizado em 17 maio 2022, 6:42
Agronegócio Agricultura Grãos
A receita operacional líquida saltou 455% no mesmo comparativo, para 74,5 milhões de reais (Imagem: Pixabay/InsaPictures)

A Boa Safra (SOJA3) reportou prejuízo líquido de sete milhões de reais para o primeiro trimestre, ante perda de 2,8 milhões no mesmo período do ano passado, pressionado pelos custos, porém a expectativa para 2022 é positiva diante do aumento de 58,8% nos pedidos de sementes, que já somam 742 milhões de reais.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) saiu de um desempenho negativo de 145 mil reais nos três primeiros meses de 2021 para 16,3 milhões negativos entre janeiro e março deste ano.

A receita operacional líquida saltou 455% no mesmo comparativo, para 74,5 milhões de reais, com a venda de estoques de grãos da safra passada o que, por outro lado, também afetou as despesas da empresa.

“O aumento dos custos dos produtos vendidos é atribuído substancialmente ao maior volume de venda de grãos da safra passada, que foram vendidos no primeiro trimestre de 2022, às variações de marcação a mercado dos contratos de commodities e estoques”, disse a companhia.

Agronegócio, Eua
Segundo a companhia, contribuíram para o aumento de quase 60% no valor dos pedidos o incremento no preço, a antecipação das negociações e o maior volume (Imagem: REUTERS/Lucy Nicholson)

O diretor Financeiro e de Relaçõe com Investidores da Boa Safra, Felipe Pereira Marques, afirmou à Reuters que, em geral, as vendas de estoques de grãos em sua maioria soja são realizadas no final de cada ano, mas em dezembro de 2021 houve um gargalo logístico que fez com que a comercialização fosse postergada para o início de 2022, período em que a companhia tem mais dificuldade para diluir as despesas da operação.

Segundo dados da empresa, os custos saltaram de 9,96 milhões de reais no primeiro trimestre do ano passado para 84,78 milhões nos três primeiros meses deste ano.

Do ponto de vista da demanda, ele afirmou que o cenário de aumento de despesas para o agricultor na safra 2022/23, que começa em setembro, com disparada nos preços de fertilizantes e defensivos, tem feito com que o produtor rural busque sementes de melhor qualidade para garantir a produtividade da lavoura.

“Com aumento no custo dos insumos, o produtor está ávido em ter a melhor semente… De certa forma, está ampliando um movimento que nós já vínhamos sentindo”, disse Marques.

O CEO da companhia, Marino Colpo, afirmou que o mais importante a observar no momento é a carteira de pedidos, pois ela sinaliza o que deve ser convertido em vendas ao longo do ano.

“A gente espera que esses pedidos aumentem até um pouco mais e se tornem vendas efetivas a partir do terceiro e quarto tri”, disse ele.

Segundo a companhia, contribuíram para o aumento de quase 60% no valor dos pedidos o incremento no preço, a antecipação das negociações e o maior volume.

Em 2021, 80,7% ddas sementes vendidas pela Boa Safra foram com biotecnologia. “Em 2022, até o momento, temos em nossa carteira de pedidos 90% de sementes com biotecnologia”, informou a empresa, sinalizando a busca dos agricultores por produtos de maior retorno produtivo.

Receba as newsletters do Money Times!

Cadastre-se nas nossas newsletters e esteja sempre bem informado com as notícias que enriquecem seu dia! O Money Times traz 8 curadorias que abrangem os principais temas do mercado. Faça agora seu cadastro e receba as informações diretamente no seu e-mail. É de graça!

Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.