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BRF (BRFS3) continua atrás dos rivais; Itaú BBA corta preço justo para R$ 17

27 maio 2022, 16:21 - atualizado em 27 maio 2022, 16:22
BRF
BRF continua a ficar para trás em relação aos pares quando o assunto é geração de caixa, diz BBA (Imagem: REUTERS/Rodolfo Buhrer)

O Itaú BBA cortou o preço justo das ações da BRF (BRFS3), de R$ 24 para R$ 17 ao fim do ano, após incorporar os resultados desanimadores do primeiro trimestre.

Na avaliação da corretora, a empresa frigorífica é negociada abaixo da média histórica – 5,8 vezes EV/Ebitda (valor da empresa sobre Ebitda) para 2023 contra 8 vezes -, mas ela continua a ficar para trás em relação aos pares do segmento de proteínas quando o assunto é geração de caixa esperada para os próximos três anos.

“Apesar dos potenciais ventos a favor no curto prazo, acreditamos que a conversão de Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) para fluxo de caixa livre ainda deixa a desejar”, afirma a equipe de alimentos e bebidas do BBA, em relatório desta quinta-feira (26).

Segundo os analistas, existem potenciais eficiências a serem capturados após o anúncio de reestruturação e otimização operacional. No entanto, eles enxergam pouca visibilidade para precificar o processo no modelo de investimento da companhia.

“Gostamos da história no longo prazo, mas preferimos assistir aos próximos capítulos do lado de fora por enquanto”, dizem Gustavo Troyano, Renan Moura e Victor Gaspar.

Como parte do processo de reestruturação, a BRF anunciou ontem à noite a decisão de cortar de 25% dos cargos de diretoria da companhia, pouco tempo após divulgar prejuízo de R$ 1,58 bilhão nos primeiros meses do ano.

A decisão não significa, no entanto, que será cortado 1/4 dos diretores.

O BBA reitera sua recomendação de market perform (desempenho esperado em linha com a média do mercado). A instituição reduziu as estimativas de Ebitda para R$ 3,7 bilhões em 2022, 17% abaixo do consenso.

“Esperamos que a BRF reporte níveis de lucratividade mais normalizados no Brasil para o restante de 2022, com média de margem Ebitda de 10% nos próximos três trimestre para suas operações domésticas. No entanto, […] ainda não temos uma visão clara sobre potenciais impactos futuros de hedge que poderiam limitar a lucratividade referente ao primeiro trimestre de 2022”, finalizam os analistas.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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