Eleições 2022

Campanha de Bolsonaro espera empate técnico com Lula até o fim de agosto

15 ago 2022, 16:57 - atualizado em 13 ago 2022, 8:44
Lula
Campanha de Bolsonaro espera empate técnico com Lula até o fim do mês, diz jornalista (Imagem: Facbook/ Lula)

Depois da aprovação de programas sociais às véspera das eleições, como o aumento do Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600, o governo Jair Bolsonaro (PL) conseguiu melhorar sua imagem entre os eleitores brasileiros.

Segundo a pesquisa Genial/Quaest divulgada neste mês, a avaliação negativa do governo diminuiu de 47% para 43% de julho a agosto. Entre os eleitores que recebem o Auxílio Brasil, a queda foi mais significativa, indo de 48% para 39%.

Embora a imagem do governo tenha melhorado, isso não se traduziu em intenção de voto, com o presidente Bolsonaro avançando de 31% para 32% ante 44% do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que computava 45% em julho.

Entre os eleitores que recebem o Auxílio Brasil, as variações foram maiores. Bolsonaro subiu de 27% para 29%. Lula, por outro lado, perdeu 10 pontos percentuais, indo de 62% para 52%.

Campanha de Bolsonaro espera faturar com aumento do Auxílio Brasil

A expectativa da equipe de campanha do presidente Bolsonaro é de que a queda na avaliação negativa do governo seja convertida em voto nas próximas pesquisas, uma vez que a primeira parcela do auxílio de R$ 600 foi paga na terça-feira (9) — uma semana após a coleta da pesquisa Genial/Quaest.

Segundo revelou o jornalista da Globo News, Valdo Cruz, a equipe espera crescer até quatro pontos nas pesquisas por conta do aumento do Auxílio Brasil. “Os mais otimistas da campanha do presidente avaliam que, ao final deste mês, Bolsonaro estará em empate técnico com o candidato do PT ao Planalto, o ex-presidente Lula”, escreveu o jornalista no G1.

Apesar do otimismo da equipe do presidente, o analista político da Levante Corp, Felipe Berenguer, não acredita que Bolsonaro conseguirá convencer o eleitor de baixa renda, que, historicamente, vota no partido dos trabalhadores.

“Eu não vejo, por exemplo, o Auxílio Brasil fazendo uma grande diferença no eleitorado [de baixa renda], especialmente no Nordeste, onde existe uma associação entre conquistas [sociais] ao governo Lula”, diz.

Na avaliação do cientista político e sócio da Tendências Consultoria, Rafael Cortez, as recentes medidas aprovadas pelo governo federal, como o aumento de auxílios ou ações para controlar o preço dos combustíveis, começam a ser mensuradas.

Segundo Cortez, a aprovação do “pacote de bondades” passa para o eleitor a “ideia de que o governo não está parado”. Porém, o cientista político esclarece que a redução na rejeição ao presidente Bolsonaro não significa, necessariamente, aumento na intenção de votos.

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Repórter
Jornalista formado pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), com extensão em jornalismo econômico pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Colaborou com Estadão, Band TV, Agência Mural, entre outros.
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Jornalista formado pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), com extensão em jornalismo econômico pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Colaborou com Estadão, Band TV, Agência Mural, entre outros.
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