Cientistas veem evidências de que variante sul-africana se liga mais facilmente às células humanas

Cientistas têm novas evidências biológicas de que a chamada variante sul-africana do coronavírus se liga mais fácil e fortemente às células humanas, tornando-a mais infecciosa, disse o epidemiologista local Salim Abdool Karim nesta segunda-feira.
Ele fez a declaração em uma apresentação de pesquisa sobre a variante, conhecida como 501Y.V2, por uma equipe de cientistas.
A variante foi identificada por especialistas sul-africanos em genômica no final do ano passado.
A variante levou as infecções locais por Covid-19 a um novo pico diário acima de 21.000 casos no início deste mês.
Cientistas e políticos britânicos expressaram preocupação de que as vacinas atualmente em uso ou em desenvolvimento possam ser menos eficazes contra a variante sul-africana.
Ela tem mais de 20 mutações, incluindo várias na proteína spike que o vírus usa para infectar células humanas.
Mas Abdool Karim disse que ainda não há resposta para essa pergunta, embora cientistas de todo o mundo estejam trabalhando nisso.
Especialistas sul-africanos têm afirmado que, uma vez que as vacinas induzem uma ampla resposta imunológica, é improvável que as mutações na proteína spike anulem completamente o efeito.