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Fundos imobiliários: O que são e por onde começar a investir?

29 nov 2021, 8:35 - atualizado em 29 nov 2021, 8:35
Quer começar a investir no setor imobiliário? Veja o guia preparado pelo Money Times (Imagem: Unsplash/Joao Tzanno)

Cada vez mais preocupados em se proteger contra a volatilidade do mercado de ações, os investidores têm buscado diversificar a carteira com diferentes modalidades de investimento. Uma delas está ganhando cada vez mais notoriedade por apresentar algumas vantagens, como baixa aplicação inicial, distribuição de dividendos e isenção do imposto de renda. São eles, os fundos imobiliários (FIIs).

Saiba como começar a investir nesse setor e quais são as opções mais rentáveis do momento neste guia do Money Times:

O que são fundos imobiliários?

Os fundos imobiliários são formados por grupos de investidores focados em investir em ativos imobiliários via compra de cotas. O capital investido por eles acaba sendo usado normalmente na construção de imóveis (prédios, condomínios, shoppings, etc), posteriormente postos à venda ou para aluguel.

Os investidores ganham com a distribuição de rendimentos pelo administrador do fundo, proporcional à aplicação de cada um, ou com a valorização da cota.

Quais são os tipos de fundos imobiliários?

O mercado normalmente divide os fundos imobiliários em dois grupos: fundos de tijolo (investimento focado em imóveis físicos) e fundos de papel (investimento em ativos financeiros do mercado e em cotas de outros fundos).

A diferença entre os dois tipos de fundos é que, com fundos de tijolo, o investidor recebe dinheiro com o lucro obtido da renda do aluguel ou da venda. Ele também consegue acompanhar a valorização dos imóveis que formam o portfólio do fundo.

No caso dos fundos de papel, o investidor ganha com o pagamento de juros.

Esses são os dois principais grupos do mercado de FIIs, mas é possível classificar os ativos em categorias mais detalhadas. Há fundos de fundos, de desenvolvimento imobiliário, shoppings, lajes corporativas, galpões, híbridos, recebíveis imobiliários (CRIs), entre outros.

Conheça o IFIX

O Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (IFIX) é formado por uma carteira teórica de ativos e indica o desempenho médio das cotações dos fundos imobiliários negociados nos mercados de bolsa e de balcão organizado da B3 (B3SA3).

O IFIX é um índice de retorno total. Seu desempenho não só reflete as variações nos preços dos ativos, como também o impacto da distribuição de proventos por parte das companhias.

Por que investir em fundos imobiliários?

Os fundos imobiliários são uma opção interessante para quem quer entrar no setor imobiliário, mas não tem tempo para administrar um imóvel ou muito dinheiro para investir.

Os FIIs contam com mais algumas vantagens. Além de ser um processo menos burocrático do que comprar um imóvel, aplicar dinheiro em fundos cria a possibilidade de investir em empreendimentos de maior porte por um preço mais acessível.

Outros atrativos desse tipo de investimento são a isenção de imposto de renda e a distribuição regular de dividendos. O investidor ainda consegue reinvestir os dividendos em novas cotas.

Como investir em fundos imobiliários?

Para começar a investir em fundos imobiliários, é preciso abrir uma conta em uma corretora de valores para comprar e vender cotas.

A corretora servirá de ponte entre você e a Bolsa. Por isso, é fundamental fazer uma boa escolha, priorizando uma instituição que permite agilidade, eficiência e segurança nas aplicações.

Na hora de escolher o fundo, além do retorno, atente-se ao seu histórico e à qualidade da administração.

Aberta a conta na corretora e escolhido o fundo, você acessa o home broker e envia uma ordem de compra. As informações que deve repassar são: código de negociação do fundo, quantidade de cotas que deseja comprar e preço que está disposto a pagar por cota.

Quais são os riscos de investir em fundos imobiliários?

Saiba que, como todo investimento de renda variável, existem alguns riscos na hora de aplicar dinheiro. Os fundos imobiliários não são exceção.

Além dos riscos de mercado e liquidez, os FIIs estão suscetíveis a riscos de inadimplência, obra e vacância.

Há também o risco físico do imóvel – ou seja, danos decorrentes de enchentes, incêndios, desabamentos e depredações.

Fundos imobiliários mais rentáveis em 2021

Perto de encerrar o ano, pode-se dizer que 2021 foi um ano marcado pela volatilidade dos mercados. A piora no cenário macroeconômico respingou no setor imobiliário, com o IFIX acumulando queda nominal de mais de 10%.

Mesmo em meio a um ambiente desafiador, alguns ativos registram bons retornos no ano. De acordo com um levantamento elaborado pela Empiricus a pedido do  Money Times, o Urca Prime Renda (URPR11) tem a maior valorização de 2021 até o momento (data-base em 23 de novembro) entre os fundos que compõem o IFIX, de 29,85%.

Logo em seguida vem o Valore RE III (VGIR11), com ganhos de 18,44%.

Kinea Rendimentos Imobiliários (KNCR11) fecham o pódio, com valorização acumulada de 17,41%.

Vale destacar que o levantamento da Empiricus considera os proventos, e não apenas a variação da cota.

Confira a tabela com os dez fundos mais rentáveis do ano:

Fundo Código Mandato Alta acumulada no ano
Urca Prime Renda URPR11 Outros Híbrido 29,85%
Valore RE III VGIR11 Títulos e Val. Mob. Títulos e Valores Mobiliários 18,44%
Kinea Rendimentos Imobiliários KNCR11 Crédito Títulos e Valores Mobiliários 17,41%
Devant Recebíveis Imobiliários DEVA11 Crédito Títulos e Valores Mobiliários 16,59%
Kinea Securities KNSC11 Crédito Títulos e Valores Mobiliários 12,47%
XP Crédito Imobiliário XPCI11 Crédito Títulos e Valores Mobiliários 11,65%
Habitat II HABT11 Títulos e Val. Mob. Títulos e Valores Mobiliários 10,46%
CSHG Recebíveis Imobiliários HGCR11 Crédito Títulos e Valores Mobiliários 10,14%
Hectare CE HCTR11 Crédito Títulos e Valores Mobiliários 10,04%
Riza Arctium Real Estate ARCT11 Híbrido Renda 9,91%

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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