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No Paraná, geadas requeimam milho, trigo e cana, e podem vir mais

19 jul 2021, 13:46 - atualizado em 19 jul 2021, 14:00
Trigo
Temperaturas abaixo de zero afetaram mais áreas com trigo e pode afetar produção (Imagem: REUTERS/Eduard Korniyenko)

Os próximos dias serão de estresse sobre a contabilidade de muitas culturas no Paraná. A geada voltou esta madrugada e os termômetros devem voltar registrar continuidade de temperaturas baixas, inclusive para partes de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

O fenômeno potencializa o que já havia sido afetado pelas geadas de duas semanas antes.

No segundo estado brasileiro produtor de milho e primeiro em trigo, as temperaturas caíram para abaixo de zero em várias regiões do Sul, Sudeste e Centro, onde os dois cereais disputam a prevalência.

O trigo já está todo plantado, num momento delicado para seu desenvolvimento e com altas expressivas na cotações internacionais pelo desajuste de oferta e demanda.

Houve mínima de 5 graus negativos nas áreas próximas a Guarapuava.

No Oeste as temperaturas também chegam a índices de geadas, pegando um grande faixa no qual o milho vem sendo bastante castigado e com tendência consolidada de queda na segunda safra (até 18% menor em produtividade). Agora em regime de início de colheita.

E no Norte e Noroeste, com boa participação da cultura canavieira, todos os institutos meteorológicos também registram temperaturas próximas de zero.

A cana, contudo, já estava bastante afetada especialmente nas áreas de baixadas, informou a direção da Alcopar, entidade que reúne as empresas do polo sucroenergético paranaense.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.