Nubank (NU): O que fazer com papel após maior lucro da história?

(Imagem: Divulgação/Nubank)

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O Nubank (NU) voltou a surpreender o mercado ao registrar lucro de US$ 783 milhões no trimestre, alta de 39% em relação ao mesmo período do ano anterior. A rentabilidade também bateu recorde, ao atingir 31%, acima dos 30% registrados um ano antes.

Na Bolsa de Nova York, a ação renovava máximas, negociada a US$ 16,06, alta de 3,11% no pregão. No acumulado de 2025, o papel sobe mais de 50%.

Surpresa do Safra: provisões menores

Segundo o Banco Safra, o grande destaque do resultado foi a queda nas despesas com provisões, que recuaram 7% ante o trimestre anterior, somando US$ 977 milhões — mesmo com o avanço robusto na concessão de cartões e empréstimos sem garantia.

Apesar da surpresa positiva, os analistas afirmam que o nível atual de custo de risco gerou dúvidas sobre a sustentabilidade, ponto levantado durante a teleconferência de resultados.

A companhia, porém, buscou esclarecer o tema ao destacar melhorias estruturais nos processos de concessão, monitoramento e cobrança.

“Iniciada no segundo trimestre de 2025, a estratégia CLIP vem mostrando sucesso até agora, sugerindo que o forte momentum de lucros deve persistir”, afirmou o Safra.

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O Nubank reforçou que a estratégia é contínua, apoiada por modelos proprietários com uso de inteligência artificial que aprimoram a análise de crédito.

“A contribuição da receita deve manter o ritmo atual, e a trajetória das provisões pode representar mais um potencial positivo”, acrescentaram.

O que fazer com as ações do Nubank?

Entre os bancos, o BTG Pactual permanece firme na recomendação de compra para as ações do Nubank.

Segundo a instituição, o consenso para os lucros de 2026 está próximo de US$ 3,6 bilhões, enquanto a anualização do lucro somente do terceiro trimestre já se aproxima de US$ 3,1 bilhões — um sinal de que a operação segue acelerando.

“Reafirmamos nossa recomendação, considerando sua escala, crescimento estrutural, perspectivas e posicionamento único no ecossistema financeiro digital do Brasil”, afirmam os analistas.

O BTG também destaca:

• execução sólida do banco;
• rentabilidade crescente;
• crescimento consistente das operações internacionais.

“Continuamos a ver a NU como uma das vencedoras de longo prazo entre as instituições financeiras da América Latina e reiteramos nossa visão positiva sobre o papel.”