Internacional

Países bálticos pedem que UE redistribua vacinas não utilizadas

10 mar 2021, 11:08 - atualizado em 10 mar 2021, 11:08
Vacinas Coronavírus
Os ministros citaram situações em que “um excedente não utilizado de vacinas entregues se acumula” nos países e a viabilidade de imunizantes fica comprometida  (Imagem: Unsplash/Daniel Schludi)

Os três países bálticos da União Europeia pediram que o bloco redistribua vacinas não utilizadas entre os estados membros para aumentar o ritmo de vacinação e ajudar a evitar a propagação do coronavírus.

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“É importante considerar a melhoria da eficiência de nossos esforços conjuntos de vacinação e promover ainda mais a solidariedade entre os estados membros, introduzindo um mecanismo de redistribuição”, escreveram os ministros da saúde da Lituânia, Letônia e Estônia em carta de 9 de março à comissária de Saúde da UE, Stella Kyriakides.

Os ministros citaram situações em que “um excedente não utilizado de vacinas entregues se acumula” nos países e a viabilidade de imunizantes fica comprometida por questões de validade, segundo a carta, que foi vista pela Bloomberg.

Países da UE estão atrasados na corrida para vacinar o maior número possível de pessoas, e variantes de propagação mais rápida do vírus ganham espaço no continente.

O bloco até agora administrou 9,4 vacinas por 100 pessoas, de acordo com o rastreador de vacinas da Bloomberg. O número se compara a mais de 27 doses nos EUA e mais de 35 no Reino Unido.

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Além disso, algumas doses não têm sido utilizadas devido ao receio de efeitos colaterais das vacinas. Até agora, 72% dos 53,5 milhões de vacinas entregues aos estados membros da UE foram usadas, de acordo com dados compilados pelo Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças.

No início do mês, a UE redirecionou as entregas de vacinas para a Áustria, República Tcheca e Eslováquia quando esses países ficaram sem doses. O bloco agora aloca as vacinas em uma base populacional pro rata para os 27 estados membros.

“Instamos a Comissão Europeia a agir de forma proativa para estabelecer um mecanismo para circunstâncias extraordinárias que possam justificar exceções à distribuição pro rata e adiantar temporariamente a entrega aos estados membros com necessidades mais urgentes”, segundo a carta.

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bloomberg@moneytimes.com.br