Economia

PIB do Brasil: Mercado eleva números com melhora na atividade; confira projeções para 1T22 e 2022

31 maio 2022, 10:41 - atualizado em 31 maio 2022, 10:41
Mulher usando máscara protetora e protetor facial fala ao telefone enquanto pessoas caminham em uma popular rua comercial em meio ao surto de Covid-19 em São Paulo, Brasil, 15 de julho de 2020. REUTERS/Amanda Perobelli
Instituições têm revisado para cima as estimativas para o PIB brasileiro diante da divulgação dos últimos dados econômicos (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga nesta quinta-feira (2) os números de crescimento do Brasil no primeiro trimestre do ano.

Instituições têm revisado para cima as estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) diante da divulgação dos últimos dados econômicos do país.

O UBS BB elevou as projeções de crescimento do Brasil de 0,5% a 1% no primeiro trimestre, seguindo a tendência positiva vista no quarto trimestre do ano passado, quando o indicador apontou avanço de 0,5% na comparação com o trimestre anterior, com ajuste sazonal, e de 1,6% na comparação interanual.

“Desde o quarto trimestre de 2021, o crescimento tem sido surpreendentemente positivo no Brasil. Não tem se mostrado extraordinário, mas certamente parece melhor que as estimativas do mercado até o terceiro trimestre de 2021, quando o PIB registrou desempenho levemente negativo e alguns [especialistas] passaram a projetar o início de uma recessão”, comentam os economistas Fabio Ramos, Alexandre de Azara e Rodrigo Martins, em relatório divulgado na semana passada.

O Banco Original espera um avanço de 1,5% no PIB brasileiro do primeiro trimestre, influenciado por serviços.

O Santander Brasil (SANB11) aumentou suas apostas para o PIB brasileiro no primeiro trimestre, de 0,5% para 0,9% – também na linha de divulgação de dados de atividade econômica mais saudáveis.

De acordo com o banco, a revisão não só reforça suas perspectivas de crescimento econômico “resiliente” em 2022, como também pode levar a uma potencial alta na projeção de 0,7% do PIB no ano.

Promessa de um ano melhor

Dinheiro-Real
Além de projeções maiores para o PIB, especialistas elevaram suas perspectivas para a inflação (Imagem: REUTERS/Ricardo Moraes)

Embora o Santander mantenha as estimativas para o PIB brasileiro em 2022 intactas (assim como o UBS, que estima crescimento médio de 1,1%, com risco de contração trimestral de 1,3% no terceiro trimestre), outros bancos e corretoras acabaram revisando o cenário para a economia local.

A Itaú Asset passou a projetar alta de 1,6% no crescimento do país ao fim de 2022, contra avanço de 0,8% da projeção anterior.

Apesar disso, especialistas da instituição passaram a trabalhar com um ambiente de inflação e juros maiores, com o Banco Central (BC) adotando uma postura ainda mais agressiva e jogando peso sobre a atividade no segundo semestre do ano.

Em movimento semelhante, a XP também elevou as estimativas para o crescimento do PIB, a 1,6%, após sinais de “forte crescimento” na atividade doméstica ao longo dos últimos meses.

Em relação à inflação, a corretora revisou para cima as perspectivas de crescimento, a 9,2% em 2022 e 4,5% em 2023.

Bank of America (BofA) e Citi também subiram as projeções para o PIB, a 1,5% e 0,7%, respectivamente.

O BofA destaca que os últimos desdobramentos no mercado externo estão beneficiando os mercados emergentes não europeus, como é o caso do Brasil.

“Especificamente, o aumento dos preços das commodities é um choque positivo nos termos de troca, impulsionando a balança comercial do país, elevando a produção e desbloqueando investimentos incrementais no setor primário”, afirma o banco norte-americano.

O Citi menciona o primeiro ganho trimestral em um ano nos dados de produção industrial dos primeiros três meses de 2022, enquanto os números do varejo cresceram mais que o esperado em março.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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