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Vale (VALE3) é eterna compra e queda só torna ação mais atrativa, diz analista

17 jun 2022, 18:37 - atualizado em 17 jun 2022, 18:37
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Com grande peso na bolsa, as commodities foram as principais vilãs do pregão (Imagem: Diana Cheng/Money Times)

O Ibovespa (IBOV) despencou 2,9% e perdeu a barreira psicológica dos 100 mil pontos, retornando para os patamares de novembro de 2020.

Assim como em um acidente aéreo, a causa para o “desastre” não foi motivada por um único fator, mas sim uma conjuntura de notícias negativas que vão do risco maior de recessão nos Estados Unidos ao vencimento de opções no Brasil.

Com grande peso na bolsa, as commodities foram as principais vilãs do pregão. Das cinco maiores quedas do Ibovespa, todas são ações ligadas ou ao minério de ferro ou ao petróleo, que, não por acaso, também despencaram.

A queda do minério de ferro se estendeu pelo sétimo dia consecutivo, com preços de volta a níveis vistos pela última vez em janeiro, à medida que a política Covid Zero da China gera preocupações de que as interrupções na atividade industrial durem meses.

Os contratos futuros da matéria-prima siderúrgica em Singapura caíram quase 7% na sexta-feira e ficaram abaixo de US$ 120 a tonelada pela primeira vez este ano. Na semana, o tombo foi de quase 15%, o maior declínio em nove meses.

O minério de ferro caiu 6.7% para US$ 119.50 a tonelada na sexta-feira em Singapura. Os futuros em Dalian tiveram queda de 4%.

Com isso, Gerdau Metalúrgica (GOUA4) perdeu 8,51%, Gerdau (GGBR4) 7,89%, Usiminas (USIM5) 6% e Vale (VALE3) 5,22%.

Para Pedro Galdi, da Mirae Asset, Vale é uma eterna compra, e a queda dos papéis só torna a ação mais atrativa. “Tem boa gestão e é uma excelente pagadora de dividendos“, completa.

Petróleo em derrocada

No fechamento, a 3R Petroleum (RRRP3) despencou 9,38%, cotada a R$ 36,80, seguida pela PetroRio (PRIO3), que caiu 8%, a R$ 23,24.

Os preços do petróleo caíram perto de 6% nesta sexta-feira, para uma mínima de quatro semanas, com preocupações sobre uma desaceleração econômica após aumentos das taxas de juros pelos principais bancos centrais.

A alta do dólar (USDBLR) também pressionou os preços, com a moeda subindo esta semana para seu nível mais alto desde dezembro de 2002 em relação a uma cesta de moedas.

Isso torna o petróleo mais caro para os compradores que usam outras moedas.

Maiores altas

Do lado comprador, destaque para CVC (CVCB3), que se recupera após liderar as quedas nas últimas semanas. A empresa realizou uma oferta de ações para expandir os negócios e aproveitar a retomada mais forte das viagens.

Já a Azul (AZUL4) e a Gol (GOLL4), que subiram 0,14% e 0,49% respectivamente, mostraram resiliência em meio a um dia de derrocada, com custos muito atrelados a petróleo e seus derivados.

“O setor bancário também é destaque positivo por conta da resiliência”, coloca Leandro Petrokas, da Quantzed.

Itaú Unibanco (ITUB4) fechou em baixa de 1,26% e Bradesco (BBDC4) teve declínio de 1,55%.

Veja as cinco maiores quedas:

Empresa Ticker Queda
3RPetroleum RRRP3 9,51%
Gerdau Metalurgica GOUA4 8,51%
PetroRio PRIO3 8,79%
Gerdau GGBR4 7,89%
Petrobras PETR3 7,25%

Veja as cinco mairores altas:

Empresa Ticker Alta
CVC CVCB3 11,19%
Alapargatas ALPA4 4,10%
Qualicorp QUAL3 4,56%
Engie ENGI11 3,25%
Hapvida HAPV3 3,19%

Com Bloomeberg

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Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.