Raízen (RAIZ4): Bank of America elogia venda da Continental, mas mantém sinal de alerta
A Raízen (RAIZ4) anunciou a assinatura de contrato para a venda da usina Continental por R$ 750 milhões, localizada em Colômbia (SP), na segunda-feira (10). De acordo com o Bank of America (BofA), o negócio faz parte dos esforços contínuos da companhia em reciclar seu portfólio para aumentar a eficiência operacional e reduzir a alavancagem.
Até o momento, a Raízen já vendeu 14,3 milhões de toneladas de capacidade de moagem, levantando R$ 4,1 bilhões — bem acima da expectativa inicial de cerca de 7 milhões de toneladas. Com isso, a Raízen passa a operar 24 usinas, com capacidade total de 73 milhões de toneladas por safra.
Em relatório divulgado no começo de setembro, antes mesmo do anúncio do aporte de R$ 10 bilhões do BTG e Perfin na Cosan, o Bank of America disse que a empresa precisaria reduzir sua dívida em R$ 15 bilhões por meio de vendas de ativos e aumento de capital. Com a venda da usina Continental, a Raízen já negociou 27,33% desse total.
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“Reconhecemos os esforços da Raízen em vender ativos. No entanto, a melhoria da estrutura de capital e da geração de caixa ainda depende de novas vendas de ativos (principalmente o negócio de distribuição de combustíveis na Argentina) e de um aumento de capital”, explicam Isabella Simonato e Julia Zaniolo.
O banco enxerga um momento desafiador para o setor de açúcar & etanol, com queda contínua nos preços do açúcar. Com isso, o BofA reitera sua recomendação underperform (venda) para Raízen (preço-alvo de R$ 0,75), com base em um cenário difícil e alto risco de diluição para os acionistas em um eventual aumento de capital.