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1T22 da Minerva (BEEF3) é que trará reflexos da nova planta aos EUA, mas dados gerais desse mercado são bons; 6ª ação subiu

23 jan 2022, 9:55 - atualizado em 23 jan 2022, 10:18
Minerva BEEF3
Minerva se prepara para mandar mais carne bovina aos EUA a partir de José Bonifácio (SP) (Imagem: Youtube/Minerva)

A ação da Minerva Foods (BEEF3) não recuperou todas as perdas de quatro pregões seguidos na B3 (B3SA3), na sexta-feira, embora tenha quase chegado, na máxima do dia, aos R$ 10,27 do fechamento de 14 de janeiro.

Mas a alta de 1,02%, com o papel estacionando em R$ 9,86, já trouxe a notícia de que o grupo conseguiu habilitação para exportações aos Estados Unidos em mais uma planta, a de José Bonifácio (SP).

O Ibovespa fechou em baixa de 0,15% (108,9 mil pontos), o que pode ter tirado um pouco do fôlego da Minerva.

De todo modo, ainda não houve tempo suficiente para os investidores absorverem o que pode representar de fato a adição dessa nova unidade aos embarques para os EUA, destino que a companhia divide com Marfrig (MRFG3) e JBS (JBSS3).

Embora somente o balanço do primeiro trimestre de 2022 (1T22) começará a apresentar a realidade do frigorífico, alguns dados gerais do mercado deverão já ser analisados no decorrer das próximas semanas, quando ficarão conhecidos o potencial de importações americanas, apesar de já se saber que boa parte das 72 mil toneladas exportadas para o mundo até a segunda semana do mês, superando todo janeiro 21, foi devido a esse destino.

Os EUA se consolidaram com o segundo destino das exportações de carne bovina brasileira em 2021, considerando que a China continental e Hong Kong são uma coisa só. Foram mandadas para lá 85,8 mil toneladas, contra apenas 20 mil/t do ano anterior.

O crescimento de carne in natura, que representou boa parte dos US$ 465,2 milhões em receitas para o Brasil, contra US$ 96 milhões de 2020, é significativo por representar preços mais elevados que nas exportações para a China, principal destino da proteína.

E a planta de José Bonifácio, agora apta a esse mercado, é unicamente de abate, desossa e comercialização de carne in natura, além de estar mais próxima do Porto de Santos.

A empresa não informou a capacidade da unidade e nem suas exportações atuais, mas proteína exportada aos EUA, sem processamento, somente as plantas de Araguaína (TO), Janaúba (MG), Paranatinga (MT) e Palmeiras de Goiás (GO) possuem autorização.

Além das subsidiárias na Argentina e Uruguai, da Athena Foods, braço da Minerva na América do Sul.

A indústria-sede, em Barretos (SP), pode embarcar carne enlatada.

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
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