24 países e a União Europeia já foram alvos na segunda rodada do ‘tarifaço’ de Trump; veja quais são

Com os últimos anúncios de tarifas de importação sobre México e União Europeia (UE), 24 países e o bloco europeu já receberam as cartas em que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Os documentos começaram a ser divulgados na última segunda-feira (7).
A previsão é de que as taxas para a entrada de produtos no território norte-americano entrem em 1º de agosto, mas Trump deixou aberta a possibilidade de negociações. O chefe da Casa Branca também ameaça elevar as tarifas se os governos adotarem retaliação.
Além das cartas, há ainda países que fecharam acordo comercial com os EUA nas últimas semanas. É o caso do Reino Unido, que enfrentará uma sobretaxa de 10%, mas terá benefícios em alguns setores. O Vietnã terá tarifa de 20% sobre quase todos os produtos, bem abaixo da alíquota de 46% prevista em abril. Já a China negociou uma redução tarifária de 145% para 55%.
Veja a lista dos países tarifados até o momento:
- Japão
- Coreia do Sul
- Casaquistão
- Mianmar
- Malásia
- Laos
- África do Sul
- Tailândia
- Sérvia
- Indonésia
- Bósnia e Herzegovina
- Bangladesh
- Tunísia
- Camboja
- Argélia
- Líbia
- Iraque
- Moldávia
- Brunei
- Filipinas
- Sri Lanka
- Brasil
- Canadá
- México
- União Europeia
Tarifaço de Trump
A nova rodada do ‘tarifaço’ do presidente norte-americano Donald Trump começou na última semana, com o adiamento do início da implementação das taxas. A primeira trégua tarifária estava prevista para expirar em 9 de julho, mas foi prorrogada pelo republicano para 1º de agosto.
Na segunda-feira (7), Trump enviou cartas a 14 países, incluindo Japão e Coreia do Sul, com as “novas” taxas, que variavam de 25% a 40%.
Já quarta-feira (9), o presidente norte-americano informou que os produtos produzidos na Líbia, Iraque, Sri Lanka e Argélia serão taxados em 30%, da Moldávia e Brunei serão submetidos a uma taxa de 25% e os bens e mercadorias da Filipinas sofrerão uma alíquota de 20% na importação nos Estados Unidos.
Também foi a vez do Brasil. O chefe da Casa Branca taxou os produtos brasileiros em 50% e vinculou a decisão ao tratamento recebido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, que é réu de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) sob acusação de planejar um golpe de Estado.
No dia seguinte (10), Trump anunciou uma taxa de 35% sobre todas as importações do Canadá. Ele citou o fentanil como justificativa para o aumento das taxas, acrescentando que elas seriam ainda maiores se o país retaliasse. “Se o Canadá trabalhar comigo para interromper o fluxo de fentanil, talvez consideremos um ajuste nesta carta”, disse Trump em uma carta publicada no Truth Social.
No último sábado (12), o presidente norte-americano divulgou cartas para a União Europeia e o México, com a alíquota de 30%.
A postura em relação ao bloco europeu foi a mesma adotada em relação a maioria dos países: as taxas seriam uma ‘reparação’ ao déficit comercial. Já com o México, a justificativa foi semelhante a do Canadá: o tráfico de fentanil.
Neste domingo (13), o assessor econômico da Casa Branca, Kevin Hassett, disse que as tarifas “são reais” e devem entrar em vigor “se o presidente Trump não conseguir um acordo que ele considere suficientemente bom”.
“Mas você sabe, as conversas estão em andamento, e veremos onde a poeira vai assentar”, disse Hassett em entrevista ao programa ‘This Week’ da ABC.
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*Com informações de Estadão Conteúdo e Reuters