BusinessTimes

25% dos profissionais já tiveram caso com colegas de trabalho, afirma pesquisa

12 fev 2020, 11:57 - atualizado em 12 fev 2020, 11:57
Das pessoas que tiveram casos com colegas, aproximadamente uma em cada quatro diz que saiu com um chefe (Imagem: Pixabay)

O amor ainda está no ar no ambiente corporativo, segundo nova pesquisa da Society for Human Resource Management.

Apesar do crescente escrutínio sobre relações amorosas no local de trabalho na era do #MeToo, cerca de 25% de 696 profissionais pesquisados em relatório divulgado na quarta-feira dizem ter tido pelo menos um caso com um colega de trabalho.

Das pessoas que tiveram casos com colegas, aproximadamente uma em cada quatro diz que saiu com um chefe; uma em cada cinco disse que saiu com um subordinado.

O comportamento de executivos está no radar desde que alegações de agressão sexual e assédio, que emergiram em outubro de 2017, derrubaram o produtor de cinema Harvey Weinstein.

Mais de 1.400 pessoas poderosas foram acusadas de má conduta, desde comentários grosseiros a estupros, segundo a consultoria de gestão de crises Temin and Co. Apenas 18 casos desse total envolveram uma relação consensual.

Ainda assim, empresas examinam todos os tipos de relações no local de trabalho. Em meados do ano passado, a BlackRock demitiu um executivo de recursos humanos por uma relação consensual que violava a política da empresa.

Meses depois, o CEO da McDonald’s Corp, Steve Easterbrook, perdeu o emprego devido a uma relação com uma funcionária. Mesmo antes do #MeToo, 99% das empresas tinham políticas que impediam chefes de manter relações amorosas com subordinados diretos.

Mas os procedimentos oficiais sobre romance no escritório deveriam ser mais concretos, disse o presidente e CEO da SHRM, Johnny C. Taylor Jr. “Os empregadores simplesmente não podem proibir a realidade do romance no ambiente de trabalho”, disse em comunicado que acompanha o relatório.

“Em vez disso, deveriam refletir sobre sua cultura e garantir que a abordagem seja atual, realista e equilibrada de maneira a proteger os funcionários, deixando-os livres para um romance de forma responsável.”