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3 ações, 1 ‘top pick’: BTG rebaixa papel e eleva preço-alvo de favorita do setor de celulose para 2024; veja

04 dez 2023, 13:00 - atualizado em 04 dez 2023, 13:00
celulose ações
De acordo com o banco, os mercados estão preparados para um período muito apertado entre 2025 e 2028, com pouca oferta de celulose (Imagem: Agência Brasil)

O BTG Pactual (BPAC11) divulgou nesta segunda-feira (4) seu relatório com perspectivas para as ações do setor de Papel & Celulose para 2024.

De acordo com o banco, cinco fatores têm sido monitorados de perto:

  1. o reabastecimento de celulose na China tem sido um dos principais impulsionadores da recente alta nos preços da celulose de fibra curta, conforme evidenciado pelos embarques para a região expandindo 25% no acumulado do ano;
  2. preços da madeira de lei já estão ligeiramente acima dos custos marginais de produção (~US$ 600/t), com BTG acreditando que alguma capacidade integrada chinesa deverá retornar ao mercado;
  3. a demanda europeia e norte-americana permanece fraca/abaixo da média, mas o recente movimento de redução de estoque provavelmente chegou ao fim;
  4. desaceleração inesperada do mercado continua acima das expectativas em 2 milhões de toneladas por ano, impactando principalmente a fibra longa;
  5. os estoques em toda a cadeia de valor estão agora próximos da normalização, com o reabastecimento dos consumidores quase concluído.

Entre as três ações de celulose listadas na B3, que são Klabin (KLBN11), Suzano (SUZB3) e Irani Celulose (RANI3), o BTG elevou o preço-alvo da sua “top pick” (ação favorita) e rebaixou a sua recomendação para um papel.

Para o banco, os mercados estão preparados para um período muito apertado entre 2025 e 2028, com pouca (ou nenhuma) oferta esperada, o que poderá exercer uma subida significativa nos preços.

BTG rebaixa Klabin

Durante anos, o banco reconheceu a qualidade dos ativos da Klabin.

“Reconhecemos o valor significativo de suas ações, o que nos levou a manter a recomendação de compra”, explica.

No entanto, à luz do seu desempenho superior no acumulado do ano em comparação com a Suzano e das últimas atualizações corporativas (em termos de capex e evolução de custos), o banco optou por rebaixar a recomendação para neutra.

Esse ajuste é impulsionado pelo prêmio de valuation visto na Klabin sobre a Suzano (atualmente em ~20%), um diferencial que o banco acha difícil de justificar.

Adicionalmente, ao considerar os próximos anos, o BTG observa um fluxo de caixa livre (FCF) e potencial de desalavancagem comparativamente menores para a Klabin.

Assim, a recomendação para ação da Klabin passou de compra para neutra, com o preço-alvo passando de R$ 31 para R$ 26.

A ‘top pick’ e outra ação para comprar

Durante anos, o BTG defendeu que as ações da Suzano refletiam inadequadamente seu potencial de crescimento, particularmente com Cerrado e outras opcionalidades (tissue, fluff, créditos de carbono…), ao mesmo tempo que precificam uma curva de celulose notavelmente conservadora de US$ 500-540/tonelada.

Com o projeto Cerrado previsto para começar em meados de 2024, acrescentando cerca de 25% à sua capacidade de baixo custo, o banco mudou o foco para os lucros potenciais da empresa pós-projeto.

O BTG espera que a geração de fluxo de caixa livre se aproxime de 20% e a desalavancagem seja mais relevante até o fim de 2024, atributos únicos no setor e cobertura do banco. 

Dessa maneira, a recomendação do banco para “top pick” se manteve em compra, com elevação do preço-alvo de R$ 71 para R$ 79.

Por fim, o BTG recomenda compra, com preço-alvo de R$ 14, para Irani. O ciclo favorável parece bastante precificado nos níveis atuais, mais o banco continua vendo as ações não refletindo o seu potencial de crescimento.

Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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