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3 motivos para investir na Vale, segundo a Capital Research

20 maio 2020, 15:06 - atualizado em 20 maio 2020, 15:06
Vale VALE3
Abram alas: Vale volta a ser considerada um bom papel para investir (Imagem: Vale/Marcelo Coelho)

Desde o rompimento das barragens de Mariana, em 2015, e de Brumadinho, em 2019, ambas em Minas Gerais, a Vale (VALE3) tornou-se uma empresa “non grata” nas carteiras recomendadas de ações.

Aos poucos, contudo, a mineradora volta a atrair a atenção dos analistas, e é cada vez mais citada como uma boa opção de papel. A Capital Research é o exemplo mais recente. A casa de análises lista três motivos para investir na empresa. São eles:

1. O aumento da oferta, nos próximos anos, não deve baixar os preços no mercado internacional

Com as paradas de produção, decorrentes das tragédias de Mariana e Brumadinho, a Vale perdeu o posto de maior produtora de minério de ferro do mundo para a australiana Rio Tinto. A expectativa, contudo, é que a brasileira acelere o passo e alcance o patamar de 400 milhões de toneladas em 2022.

Isso poderia jogar o preço no chão, mas a Capital Research avalia que o mercado de minério de ferro, como um todo, crescerá a um modesto ritmo de 0,8% ao ano entre 2020 e 2029 – uma freada e tanto, comparando-se à taxa de 3% ao ano da década passada.

O motivo será a forte desaceleração das mineradoras australianas, que cresciam 8,7% ao ano, nos últimos anos, e devem cair para 0,7% ao ano, daqui para a frente.

2. A China continuará com um apetite de dragão

O avanço da indústria chinesa será mais do que suficiente para absorver o acréscimo de minério de ferro, nos próximos anos. Mesmo que não repita o impressionante desempenho da última década, quando a indústria siderúrgica local avançou 11% ao ano, diante de 1% da produção mundial, a China ainda pode superar, com alguma folga, a curva de oferta de minério de ferro.

Assim, a Vale estaria com um cenário bastante promissor pela frente: aumentará a produção, no momento em que os maiores rivais frearão, e terá um cliente faminto por minério de ferro, a ponto de comprar mais do que o mercado oferece, o que elevará os preços (ou, pelo menos, irá sustentá-los).

3. Moeda forte

Por último a Capital Research lembra de outro ponto: por ser uma commodity mundial, o minério de ferro é cotado em dólar. Logo, a mineradora brasileira poderá se beneficiar do apetite chinês e da força da moeda americana.

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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