Comprar ou vender?

3 razões por que a onda de IPOs não vai derrubar a Bolsa, segundo a XP Investimentos

01 out 2020, 15:58 - atualizado em 01 out 2020, 16:00
B3 Mercados B3SA3 Ibovespa
Balança, mas não cai: para XP Investimentos, novatas na Bolsa não preocupam (Imagem: B3/Youtube)

Até que ponto a empolgação dos investidores com a onda de IPOs deste ano pode derrubar o Ibovespa? Segundo Fernando Ferreira, estrategista-chefe da XP Investimentos, a dúvida atormenta parte do mercado – e, na sua opinião, por nada.

O analista pontua três fatores que devem anular uma eventual pressão negativa dos IPOs sobre o mercado acionário.

O primeiro é que, apesar de tudo, há poucas companhias listadas na B3 (B3SA3). São 429 empresas no Brasil, ante cerca de 2 mil na Inglaterra, 4 mil no Japão e na China, e quase 5 mil nos Estados Unidos.

Maior volume de negócios

O segundo fator é a maior liquidez do mercado acionário brasileiro atualmente. Ferreira observa que, em 2000, a Bolsa movimentava, em média, R$ 600 milhões por dia. Agora, o volume é de R$ 25 bilhões, um acréscimo de 55% sobre a média diária do ano passado.

Essa expansão dos negócios é puxada, por sua vez, pela baixa taxa de juros. A Selic atingiu o menor nível desde que foi criada, empurrando muitos investidores para o mercado de ações, em busca de remunerações melhores que as da renda fixa.

O último fator citado pelo estrategista da XP Investimentos é que o volume de dinheiro alocado em ações está abaixo da média histórica. Para se ter uma ideia, em 2007, quando o país viveu seu recorde de IPOs, com 64 listagens, a taxa Selic estava em hoje inimagináveis 11,25% ao ano.

Mesmo assim, as ações respondiam por 21,7% dos recursos alocados pelos fundos de investimento. Hoje, com a Selic em 2%, a fatia de ações nas carteiras dos fundos é de apenas 11,5%, menor, inclusive, do que a média histórica de 13,6%, segundo a XP.

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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