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4 motivos para o Ibovespa voltar aos 100 mil pontos e 10 ações para aproveitar isso

31 maio 2020, 23:48 - atualizado em 01 jun 2020, 10:58
Mercados
“Há assimetria de riscos atraente em determinados setores, embora a volatilidade deva continuar elevada”, explica o analista Renato Chanes (Imagem: Pixabay)

Os efeitos do coronavírus sobre a economia pesaram sobre o Ibovespa (IBOV) nos últimos dois meses e distorceram os preços e projeções de curto prazo, dois anos, um pouco acima da média de 10 anos. O mesmo acontece para o longo prazo. É, contudo, um bom momento para aproveitar as oportunidades.

“Reconhecemos que oportunidades de curto prazo continuarão surgindo e acreditamos que a parcela tática de uma carteira de investimentos bem equilibrada possa capturar esses movimentos”, explica o estrategista do banco Santander Renato Chanes em um relatório enviado a clientes.

Segundo ele, há assimetria de riscos atraente em determinados setores, embora a volatilidade deva continuar elevada.

“Aproveitamos para reiterar a nosso preço-alvo de 91 mil pontos para o Ibovespa ao final de 2020 como nosso cenário base (em um ambiente mais positivo, poderíamos ver o índice aos 105 mil pontos no final do ano)”, destaca.

Quatro motivos para esperar uma melhora:

1 – A alocação em ações brasileiras parece ser menor.

Para o Santander, as ações de empresas brasileiras eram muito mais frequentes nos portfólios da indústria local de fundos multimercados até fevereiro, cerca de 10%.

“A situação era a mesma para os fundos globais ativos em mercados emergentes (há 6 meses, o Brasil representava 8,5% da alocação desses investidores, contra 5,5% atualmente)”.

2 – A contração da atividade econômica já parece refletida nos preços.

“Os agentes do mercado já esperam uma contração do PIB superior à 5% em 2020, em comparação com uma expansão de 2,3% esperada em dezembro de 2019. Isso ainda é menos negativo que os 6,4% projetados pela equipe econômica do Santander, mas não tão diferente”

3 – O real está melhorando lentamente.

A saída de dólares do Brasil desacelerou de US$ 6,56 bilhões em março para US$ 1,38 bilhão em abril e inverteram para o positivo nas primeiras semanas de maio. A balança comercial também está começando a entrar em ação, juntamente com a sazonalidade da colheita da safra agrícola, explica o Santander.

“Além disso, o Banco Central tem sido mais ativo em intervenções cambiais e sinalizou que a próxima reunião poderá ser a última em termos de flexibilização monetária (nossa equipe econômica estima Selic em 2,25% no fim do ano de 2020)”.

4 – Arrefecimento no ambiente Político.

“A relação entre o Presidente, Governadores, o Senado e o líder da Câmara dos Deputados se tornou mais positiva recentemente, com promessas de apoio mútuo para enfrentar a crise atual. Esse tema, no entanto, continuará trazendo volatilidade aos mercados e deve ser monitorado”.

Veja as 10 ações indicadas para junho:

Empresa Código Alocação Preço-Alvo (R$)
Ambev ABEV3 8% 17,00
Banco do Brasil BBAS3 10% 55,00
Bradesco BBDC4 16% 35,00
Carrefour CRFB3 10% 25,00
CPFL Energia CPFE3 10% 43,36
JBS JBSS3 10% 43,00
Lojas Renner LREN3 6% 62,00
Multiplan MULT3 8% 39,00
Petrobras PETR3 10% 24,00
Vale VALE3 12%

Fundador do Money Times | Editor
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.
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