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Juros mais altos não inibirão tomada de crédito pelos produtores rurais, diz economista da Farsul

05 ago 2021, 12:00 - atualizado em 05 ago 2021, 12:31
Trigo
Tecnologia exige custos mais elevados e necessidade de complementar com recursos bancários (Imagem: Pixabay/kridneh)

O dólar recua se assim deixar a instabilidade política brasileira e as exportações remuneram menos. Nessa regra convencional depois de altas da taxa Selic, entra obviamente o encarecimento do crédito para os produtores.

Mas nem por isso deverá diminuir a demanda por recursos bancários, a partir da nova alta dos juros básicos decidida na quarta pelo Comitê de Política Monetária (Copom), em 1 ponto percentual, na visão do economista Antônio da Luz.

Para o chefe de análises econômicas da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), os 5,25% que passa valer até setembro (próxima reunião do Banco Central) não diminuirão o apetite.

Entre o desejo de pagar mais para carregar dinheiro a juros livres, mais caros, vai prevalecer a necessidade dos produtores rurais, diz da Luz, que é um dos economistas ouvidos nas previsões semanais do Boletim Focus.

“Quem não investiu em caixa, no ano passado, vai para o mercado até porque os custos de produção aumentaram”, observa.

Ele arrisca, até, em dizer que os bancos ganharão mais que em 2020, já que deverão emprestar mais, mesmo com o acréscimo nas parcelas dos tomadores.

O perfil da agropecuária, que se reflete nos ganhos em produtividade por tecnologia, além de expansão de área, exigiu dos produtores investimentos que não foram para o caixa dos fazendeiros.

E não tem Plano Safra, de juros controlados, que dê conta para 21/22.

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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