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4T21: Klabin (KLBN11) tem queda no lucro, a R$ 1 bilhão, mas supera projeções

09 fev 2022, 8:31 - atualizado em 09 fev 2022, 8:47
Klabin
Receita líquida no período foi de 4,581 bilhões, um avanço de 39% em relação ao mesmo período do ano anterior. (Money Times/ Gustavo Kahil)

A Klabin (KLBN11) registrou lucro líquido de R$ 1,050 bilhão no quarto trimestre de 2021, em uma queda anual de 21%, mas acima do esperado pelo mercado. A XP Investimentos projetava lucro a R$ 826 milhões

A receita líquida no período foi de R$ 4,58 bilhões, um avanço de 39% em relação ao mesmo período do ano anterior e dentro do esperado por analistas.

O resultado, diz a empresa, é reflexo da forte demanda combinada ao impacto positivo da desvalorização do real em relação ao dólar e aos reajustes de preços em todos os negócios.

Já o Ebitda ajustado chegou a R$ 1,88 bilhão, alta de 44% e também conforme o projetado pelo mercado.

O aumento do Ebitda contribuiu para a desalavancagem da Klabin mesmo durante o ciclo de investimentos do Puma II, com redução da relação dívida líquida/Ebitda medida em dólares para 2,9x ao final do 4T21 (vs. 3,1x no 3T21).

Segundo a empresa, a margem Ebitda Ajustada foi de 41% no quarto trimestre, crescimento de 7 p.p. em relação ao 4T20, excluídos efeitos não recorrentes. A companhia informou um ROIC (Return on Invested Capital) de 19,5% nos últimos doze meses.

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O que mexeu com o 4T21 da Klabin

A Klabin diz que a demanda pelo produtos da empresa permaneceu sólida no quarto trimestre. As condições favoráveis de mercado, diz, aliada à flexibilidade comercial e ao sólido desempenho operacional, alavancaram os resultados da companhia no período.

“No mercado de celulose, o balanço de oferta e demanda manteve-se equilibrado durante o trimestre diante da forte diferença de consumo entre as geografias”, comenta. “A demanda permaneceu forte na Europa, EUA e América Latina e em patamar inferior ao trimestre anterior na China, enquanto a oferta seguiu impactada pelas dificuldades logísticas”.

A empresa argumenta que comprovou os benefícios de sua flexibilidade no mix de vendas entre regiões e de seu portfólio diversificado de celulose (fibra curta, fibra longa e fluff), cujo diferencial de preços continuou elevado ao longo do período.

“Com isso, o negócio de celulose atingiu novamente um sólido resultado, com crescimento de 87% no Ebitda/t no quarto trimestre de 2021 em relação ao mesmo período do ano anterior”, destaca.

No segmento de papéis para embalagens, a demanda por kraftliner seguiu aquecida, segundo a Klabin. “Nos EUA, maior produtor e exportador deste produto, o forte consumo interno permanece como direcionador para a redução do volume de exportações, 21% inferior no período entre janeiro a outubro de 2021 em relação ao mesmo período do ano anterior”.

No mercado de embalagens, a Empapel registrou queda de 5,3% no volume de expedição de caixas de papelão ondulado no quarto trimestre de 2021 comparado ao mesmo trimestre do ano anterior, informou a Klabin.

Veja o documento divulgado pela empresa:

Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.