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5 sinais de que a Gol está saindo do buraco, segundo o BTG Pactual

23 nov 2020, 20:01 - atualizado em 24 nov 2020, 1:42
GOLL4 Avião
Pronto para voar: os números da Gol mostram que a empresa está dando a volta por cima (Imagem: Reuters/Paulo Whitaker)

A Gol (GOLL4) e outras empresas aéreas tem sido atingidas em cheio pela pandemia que assola o mundo desde o início do ano. Porém, após o momento mais grave do coronavírus ter ficado para trás – embora uma segundo onda permaneça no radar – a empresa começa a recuperar o fôlego.

Segundo o BTG Pactual, a Gol deu sinais positivos em seu relatório de outubro, divulgado na última quarta-feira (18). De acordo com os analistas Lucas Marquiori e Fernanda Recchia, a aérea está no caminho certo para se recuperar da crise.

Fatores como a menor exposição ao mercado internacional e a forte liquidez durante a crise sustentam o otimismo com a companhia. O banco manteve a recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 27, potencial de valorização de 18%.

“Em nossa opinião, as atualizações relativas à emissão do empréstimo do BNDES ou outras alternativas de financiamento, devem continuar a ser um importante catalisador de curto prazo”, declaram.

Veja os sinais positivo da empresa:

1 – Redução de custos

Segundo os especialistas, a empresa continua focada em reduzir os custos. No relatório, a Gol anunciou que planeja manter seus gastos com pessoal em 40% do nível pré-pandemia.

Além disso, a aérea segue focada em converter os custos fixos de parte da folha de pagamento em custos variáveis.

E, para fechar o pacote de boas notícias, o Boeing 737 MAX está em fase de aprovação para começar a operar. Com isso, a Gol deverá aumentar a economia de custos, já que os MAX-9s consomem 15% menos combustível do que a aeronave 737-800 NG.

“Na melhor das hipóteses, a empresa estima que o MAX voltará a operar em sua frota até o final de 2020”, apontam.

2 – Capacidade e plano de frota

No mês de outubro, a companhia elevou sua capacidade em 34% em relação a setembro, com uma média de 363 voos diários. A aérea já informou que irá expandir a sua capacidade para 372 voos em novembro, 50% do nível de 2019.

Em relação a frota, a empresa pretende devolver mais três aeronaves arrendadas até o final do ano.

“A Gol pode reduzir sua frota em até 30 aviões em 2021-22, se necessário, com flexibilidade para fazer reduções adicionais se a demanda piorar”, argumenta a dupla.

Site da Gol
Outubro registrou crescimento de 38% na busca por passagens aéreas, em relação à média dos números de pesquisa no terceiro trimestre (Imagem: YouTube/GOL Linhas Aéreas Inteligentes)

3 – Consumo de caixa e liquidez

A aérea encerrou outubro com R$ 2,2 bilhões em liquidez total, com um vencimento médio de dois anos para sua dívida de longo prazo, excluindo arrendamentos de aeronaves e notas perpétuas.

“A empresa não tem vencimentos de dívida significativos até 2024”, dizem.

A companhia aérea disse neste mês que tem liquidez suficiente para cumprir as obrigações e espera que os voos internacionais sejam retomados em março do ano que vem e, as viagens corporativas, no segundo trimestre.

4 – Experiência do cliente

Durante os meses de janeiro a outubro, a aérea obteve a classificação máxima no Portal do Consumidor, do Governo Federal.

“Além disso, a Gol reforçou todos os seus procedimentos para garantir a saúde e a segurança de seus clientes e funcionários, com maior atenção à limpeza de aeronaves, incluindo o uso de desinfetante de grau hospitalar”, observam.

Eles lembram ainda que cada conjunto de 3 a 7 fileiras de assentos tem seu próprio sistema de circulação, garantindo mínima circulação de ar entre os passageiros.

5 – Aumento de vendas

Outubro registrou crescimento de 38% na busca por passagens aéreas, em relação à média dos números de pesquisa no terceiro trimestre.

Já a receita com passageiros transportados aumentou 21% no mês. A taxa de ocupação foi de 78%, em linha com os meses anteriores.

“A Gol espera crescer novamente este mês antes da temporada de verão. A empresa acabará operando todos os destinos atendidos na pré-pandemia”, preveem.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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