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5 small caps para ter na carteira em abril, segundo a Ágora

30 mar 2024, 17:23 - atualizado em 30 mar 2024, 17:27
small caps ágora investimentos
Na carteira de Small Caps da Ágora Investimentos, não houve alterações em relação ao mês de março; confira (Imagem: REUTERS/Regis Duvignau/File Photo)

A Ágora Investimentos divulgou sua carteira recomendada de Small Caps, com 5 ações para ter na carteira em abril.

Em relação ao mês de março, não houve alterações.

Sendo assim, estão na carteira as seguintes ações:

Empresas Código
Ânima ANIM3
Banco Pan BPAN4
Grupo GPS GGPS3
Santos Brasil STBP3
Simpar SIMH3

Entenda as escolhas da Ágora

Ânima

Apesar do excelente desempenho do setor de educação de 76% em 2023, frente aos 22% do Ibovespa, esperamos que o setor tenha um desempenho superior novamente em 2024.

Temos uma visão positiva sobre o setor com base em: (i) forte crescimento dos lucros em 2024 (103%); (ii) avaliações atrativas (10x o múltiplo P/L estimado para 2024 e 7,6x para 2025); (iii) forte geração de caixa; (iv) alta exposição a taxas de juros mais baixas; e (v) um cenário benignode baixa inflação.

Nossa principal recomendação é a Ânima com base no valuation e na dinâmica dos resultados. A ação está sendo negociada 9x e 7x o múltiplo P/L esperado para 2024 e 2025, respectivamente, enquanto entendemos que o múltiplo justo para 2025seria de 12x.

Banco Pan

O Banco Pan reportou tendências positivas de resultados no 4T23. Destacamos o ritmo sólido na originação de empréstimos de R$ 9,6 bilhões no trimestre (altas de 28% no trimestre e de 3% em base anual), que permitiu ao banco registrar uma forte expansão da receita, apesar dos resultados mais fracos na concessão de crédito.

Além disso, reconhecemos uma melhoria significativa na qualidade dos ativos, com um custo de risco estável, levando a um ligeiro aumento no índice de cobertura. Entretanto, o banco também registou um desempenho muito forte nas receitas de comissões, que mais do que compensou a ligeira expansão das despesas operacionais.

Diante disso, assumindo que esse movimento se tornará a tendência ao longo de 2024, acreditamos que o mercado não precifica o atual momento do Banco Pan, abrindo espaço para que suas ações entrem em nossa carteira agora.

Grupo GPS

As discussões em torno da isenção do imposto sobre a folha de pagamento para 17 setores da economia continuam. As mudanças na regra serão discutidas em projeto de lei a ser enviado, ao invés de medida provisória como vinha sendo discutida e o Ministro da Fazenda disse que o tema será abordado com urgência. Para nós, o Governo Federal está trabalhando em um projeto de lei para propor mudanças nesta regra que poderia aumentar o mercado endereçável para o Grupo GPS e gerar até R$ 4,10 /GGPS3.

Enquanto isso, do ponto de vista operacional, a empresa vem entregando crescimento trimestre a trimestre, aomesmo tempo em que continua ativa na busca por novas oportunidades de aquisições (M&As) –de fato, durante o 4T23, o Grupo GPS anunciou quatro aquisições (Lyon, Control, Marfood e Invictus, com fechamento realizado no 2M24), somando R$ 921 milhões em receita bruta pró-forma de M&As. Com isso, a empresa encerrou 2023 com 7 operações anunciados, atingindo R$ 1,7 bilhão em receita bruta adquirida.

O Grupo GPS encerrou o ano com alavancagem financeira de 1x a relação Dívida Líquida/EBITDA e, em nossa visão, isso dá poder de fogo mais que suficiente para o Grupo adquirir empresas com valor de R$ 1,750 bilhão em receita bruta em 2024, o que, com base em uma margem EBITDA de 6% e um múltiplo EV/EBITDA de 6x, exigiria R$ 580 milhões do Grupo GPS (ou 40% do EBITDA projetado para 2024).

Santos Brasil

A Santos Brasil é a única empresa do país que presta serviços portuários com logística integrada, sendo responsável por 18% de toda a movimentação de contêineres e cargas do país através do Tecon Santos, o maior terminal de contêineres da América Latina e um dos três terminais mais eficientes do Brasil.

Em março, a companhia divulgou o seu balanço do 4T23, apresentando bons resultados e melhoras na margem, impulsionado principalmente por uma combinação de box rate mais altas e melhor mix de contêineres cheios e volumes de longa distância. Acreditamos que a partir desses resultados o mercado pode começar a discutir se o consenso do EBITDA de 2024 de R$ 1,298 bilhão é conservador ou não.

Além disso, a Santos Brasil deverá entrar em um novo ciclo de renegociações contratuais em abril de 2025, o que poderá sustentar o crescimento do EBITDA. Com base em nossa análise de sensibilidade, cada aumento de 10% na box rate média aumentaria nossa estimativa de EBITDA para 2025 em 4% e o preço-alvo em 2%

Simpar

A Simpar é uma holding que possui em seu portfólio nomes listados de destaque, como Movida (MOVI3), VAMOS (VAMO3) e JSL (JSLG3). Para 2024-26, a Simpar focará na eficiência e na extração de valor dorecente ciclo de investimentos.

Assim, Movida, VAMOS e CS Brasil poderão autofinanciar seus planos de crescimento, JSL e Automob devem continuar buscando aquisições para acelerar o crescimento orgânico, enquanto CS Infra e BBC deverão executar seus planosde negócios e contratos de concessão.

Ainda assim, há muito espaço para crescimento e entendemos que as empresas da Simpar continuarão liderando a consolidação do mercado.

Por fim, apesar da alavancagem financeira relativamente alta, o valor da participação da Simpar nas empresas listadas e dos ativos não listados –que possuem alta liquidez –permite que a empresa tenha flexibilidade para executar seu próximo ciclo, enquanto busca seletivamente oportunidades de crescimento.

Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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