Comprar ou vender?

6 ações “casca grossa” para se proteger da turbulência brasileira

23 nov 2021, 16:57 - atualizado em 23 nov 2021, 20:01
Minério de Ferro Commodities Mineração
Segundo o banco de investimentos, ações de crescimento secular, como commodities, são boas pedidas (Imagem: Pixabay/sarangib)

O Morgan Stanley listou suas ações preferidas para passar pela crise econômica e pelo pleito eleitoral, que se avizinha aqui no Brasil e no resto da América Latina.

Segundo o banco de investimentos, ações de crescimento secular, como commodities, são boas pedidas neste momento.

“Estimamos que as ações brasileiras são negociadas atualmente a 4,8 vezes o valor da empresa nos próximos 12 meses, um desconto de 30% ou 1,1 do desvio padrão em relação à média histórica de 6,8 vezes”, afirma. 

Veja a seguir as escolhas do banco para o país: 

1) XP

Segundo o Morgan Stanley, a XP Inc. (XP) está bem posicionada para capturar o forte crescimento da indústria, as mudanças de alocação de ativos em poupança e avançar na participação das empresas do setor.

“Modelo de negócios altamente sinérgico, plataforma aberta, rede IFA líder e a entrada em novos setores permitem um rápido crescimento do lucro por ação (EPS) e expansão do retorno sobre o patrimônio líquido”, diz.

Além do mais, o banco vê a diversificação de ativos aumentar a lucratividade, enquanto a expansão para novas verticais resulta em maior participação na carteira.

2) Itaú

Na visão do banco, há uma grande demanda reprimida por empréstimos devido à recuperação econômica, o que pode provocar um período plurianual de forte crescimento do crédito.

“O forte balanço patrimonial do Itaú (ITUB4) fornece resiliência para o próximo ciclo de inadimplência”, afirma.

Além disso, o retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) atingirá os níveis de 2019 até o final de 2021, “algo que o mercado parece estar negligenciando”.

O Morgan Stanley calcula ainda que o Itaú esteja negociando abaixo do preço sobre valor contábil (P/BV) médio de 2,3 vezes.

3) Minerva

O banco afirma que a Minerva (BEEF3) possui altas margens, geração de caixa e catalisadores, como a sua subsidiária nos EUA, a Atenas. Ao mesmo tempo, as operações no Brasil também estão melhorando a margem, afirma.

Para 2021, a geração de caixa deverá ser recorde, com potencial para pagamento de dividendos significativo (rendimentos de 9%).

“Potencial certificações da China para novos frigoríficos podem contribuir para a companhia”, completa. 

4) Vale

Para os analistas do Morgan, a Vale (VALE3) continuará gerando um bom fluxo de caixa, o que deve se traduzir em excelentes dividendos. Além disso, a superação da tragédia de Brumadinho deve devolver dinheiro para o caixa e para os acionistas.

“Apesar da boa geração de fluxo de caixa, nós esperamos que o estoque continue a ser negociado em baixa múltiplos e abaixo de seu valor intrínseco em meio à incerteza em torno da propriedade e do aço e potencial para maiores royalties de mineração no Brasil”, aponta.

5) Gerdau

Mesmo com o forte fluxo de caixa e da boa avaliação do risco-retorno, as perspectivas de queda do preço do aço nos Estados Unidos e no Brasil podem pesar para o desempenho das ações da Gerdau (GGBR4), destaca. 

Ainda assim, a flexibilidade operacional da companhia fornece uma forte alavanca para preços do aço no Brasil.

“Custos fixos relativamente baixos resultam em altas sensibilidade às taxas de operação”, completa.

6) Petrobras

Apesar da provável intervenção do governo, o Morgan Stanley acredita que a Petrobras (PETR3;PETR4) oferece um bom risco-retorno, baseado na alta do preço do petróleo.

“A continuação do programa de vendas de refinarias é a chave para garantir a persistência da não intervenção do preço do combustível”, diz.

Os analistas recordam ainda que a nova gestão, do CEO Silva e Luna, implementou poucas alterações na política da companhia. 

“Os campos do pré-sal continuam sendo o motor da geração do FCF, contribuindo para a conclusão da desalavancagem. Vendas de refino ainda são executadas, apesar do atraso, cristalizando a independência de preço de longo prazo”, finaliza.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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