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737 Max ainda não vai decolar: Boeing identifica novo problema em software

06 fev 2020, 15:44 - atualizado em 06 fev 2020, 15:44
Aeronaves 737 Max Boeing
Uma luz indicando que o sistema de estabilização não estava funcionando corretamente  (Imagem: REUTERS/Gary He)

Engenheiros da Boeing (BA) identificaram um novo problema de software no 737 Max que deve ser corrigido antes que o avião possa retomar os voos, disse o presidente da Administração Federal de Aviação, Steve Dickson.

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Dickson confirmou durante comentários em Londres na quinta-feira que a agência está avaliando o problema. Representantes da Boeing não responderam imediatamente a um pedido de comentário.

Uma luz indicando que o sistema de estabilização não estava funcionando corretamente “permaneceu acesa por um período maior do que o desejado”, disse Dickson, sem fornecer mais detalhes.

As ações da Boeing oscilaram com as declarações de Dickson. Subiram depois que Dickson disse que a certificação do Max poderia ocorrer em algumas semanas, mas depois reduziram os ganhos após a divulgação pela Bloomberg News do novo problema de software.

A questão envolve um alerta projetado para avisar quando o chamado sistema de estabilização, que ajuda a levantar e abaixar o nariz do avião, não está funcionando corretamente, de acordo com duas pessoas com conhecimento do problema que falaram sob condição de anonimato.

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Não está claro se o problema causará algum atraso, caso ocorra, já que a Boeing finaliza várias correções necessárias para que seu avião mais vendido volte a operar.

Uma das pessoas a par do problema do alerta de estabilização disse que é improvável que a Boeing mude a projeção de retomar os voos com o Max em meados de 2020, porque a empresa incorporou essas correções em seu cronograma.

O problema sobre o alerta do sistema de estabilização resultou do novo design da Boeing dos dois computadores de voo que controlam o 737 Max, para torná-los mais eficientes contra falhas, disseram as duas pessoas.

No mês passado, a Boeing anunciou que o Max só voltaria a voar em meados do ano. Após meses de prazos vencidos e crescente tensão com a FAA, a empresa disse que tinha elaborado um cronograma que incluía tempo extra para o surgimento de novos problemas.

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A empresa já trabalhava em outro sistema de software, conhecido pela sigla MCAS, envolvido nos dois acidentes com o jato que mataram 346 pessoas e levaram à suspensão dos voos em 13 de março de 2019.

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bloomberg@moneytimes.com.br