Economia

Santander vê fim do aperto monetário nesta semana e Selic estável até 2026

28 jul 2025, 14:30 - atualizado em 28 jul 2025, 14:12
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Santander espera que Selic permaneça no nível atual até o primeiro trimestre de 2026. (Imagem: iStock)

O Comitê de Política Monetária (Copom) deve interromper o ciclo de aperto monetário iniciado em setembro de 2024 na reunião desta semana, afirma o economista do Santander, Marco Caruso. Assim, a taxa básica de juros deve ser mantida em 15% ao ano.

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O economista diz que os efeitos tardios dos aumentos da Selic já realizados não apenas persistem, mas também devem se intensificar a partir de agora — o que sustenta a manutenção da taxa.

Desde a última reunião, houve melhora “modesta” nas condições macroeconômicas. A inflação veio abaixo do consenso e as expectativas recuaram. O real se valorizou levemente, apesar dos riscos fiscais e tarifários, enquanto a atividade econômica desacelera, principalmente nos setores mais sensíveis ao crédito.

O mercado de trabalho e os próximos precatórios seguem como os principais contrapontos.

Caruso afirma ainda que o cenário externo incerto tem um impacto significativo sobre o Brasil, dado o potencial de tarifas mais altas sobre suas exportações para os Estados Unidos. Vale lembrar que Donald Trump anunciou uma taxa de 50% para os produtos brasileiros, que entra em vigor em 1º de agosto.

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“Dada a atual falta de notícias e a validade esperada da estratégia de um ‘período prolongado’, não esperamos que o comunicado traga mudanças significativas”, diz Caruso.

Cortes da Selic dependem da desaceleração do crescimento

O Santander espera que a taxa básica de juros permaneça no nível atual até o primeiro trimestre de 2026.

“É improvável que as expectativas de inflação convirjam para 3% se um alto prêmio de risco fiscal prevalecer e a economia continuar evitando uma recessão”, afirma.

Uma valorização significativa do real poderia ajudar a antecipar a convergência das expectativas, mas a principal variável a ser monitorada é a rapidez com que a economia desacelera.

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“Considerando as incertezas inerentes a um ano eleitoral, achamos razoável antecipar uma abordagem mais conservadora do Copom. Essa expectativa é ainda mais reforçada pelas lições aprendidas com o ciclo de cortes anterior.”

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Editora-assistente
Editora-assistente no Money Times e graduada em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Atua na área de macroeconomia, finanças e investimentos desde 2021.
giovana.leal@moneytimes.com.br
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Editora-assistente no Money Times e graduada em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Atua na área de macroeconomia, finanças e investimentos desde 2021.
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