Aluguel comercial se destaca em 2025 e supera a inflação, aponta FipeZAP

Os aluguéis de salas e conjuntos comerciais encerraram o primeiro semestre de 2025 com uma alta acumulada de 4,34%, segundo dados do Índice FipeZAP.
O desempenho supera com folga a valorização de 1,68% observada no mesmo período para os imóveis comerciais disponíveis para venda.
Comparativamente, no mesmo período, a inflação medida pelo IPCA avançou 2,99%, enquanto o IGP-M acumulou uma deflação de 0,94%.
O movimento reflete um aumento da demanda por locação, em um momento em que o custo de oportunidade do capital, influenciado pela taxa de juros elevada, torna menos atrativa a compra de ativos imobiliários — especialmente em regiões com maior oferta.
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Ainda de acordo com o Índice FipeZAP, no mês de junho, os preços dos aluguéis comerciais subiram 0,56%, enquanto os valores de venda avançaram 0,30%.
A valorização de ambos também superou o IPCA, que teve alta de 0,24%, e contrastou com a deflação de 1,67% do IGP-M.
Desempenho por localização
Entre as cidades monitoradas, Brasília liderou o aumento mensal no valor das locações (+3,17%), seguida por Niterói (+2,69%) e Campinas (+1,45%).
Já no acumulado de 12 meses, o maior salto foi registrado em Niterói, com uma valorização de 21,04%, acompanhada por Brasília (+13,51%) e Curitiba (+13,15%).
No caso dos preços de venda dos imóveis comerciais, Curitiba apresentou o maior avanço anual (+6,61%), enquanto cidades como Salvador (+0,15%) e Campinas (+0,31%) ficaram praticamente estáveis.
Rentabilidade ainda perde para alternativas financeiras
Apesar do ritmo mais forte nos preços de locação, o retorno médio do aluguel comercial foi estimado em 6,90% ao ano em junho, superior à taxa projetada para imóveis residenciais (5,93% ao ano), mas ainda inferior ao rendimento de aplicações financeiras de baixo risco, como o próprio Tesouro Direto.
Salvador se destacou como a cidade com a melhor rentabilidade de aluguel, com retorno estimado em 10,11% ao ano, seguida por Campinas (8,48%) e Brasília (7,14%).