Mercados

Ação da Stone chega à mínima histórica

29 nov 2021, 14:43 - atualizado em 29 nov 2021, 15:12
Stone Linx STOC31 STNE
Em 17 de fevereiro deste ano, os papéis STNE bateram US$ 95,12, a queda desde então é de mais de 80%. (Imagem: Money Times/ Gustavo Kahil)

As ações da Stone (STNE) negociadas na Nasdaq chegaram à mínima histórica de US$ 15,75 nesta segunda-feira (29), após o BTG Pactual se juntar ao grupo de bancos que revisaram para baixo as estimativas para a empresa.

A companhia de maquininhas de cartão, que abriu capital em outubro de 2018, chega ao mais baixo patamar na bolsa menos de um ano após a sua máxima histórica.

Em 17 de fevereiro deste ano, os papéis STNE bateram US$ 95,12, a queda desde então é de mais de 80%.

Para o BTG, vai levar tempo para a empresa de pagamentos brasileira retomar a confiança do mercado. “A Stone fez más escolhas e teve também um tanto de azar”, disse o banco em relatório recente.

Os analistas da instituição rebaixaram sua recomendação de compra para neutra e cortaram o preço-alvo da Stone de US$ 66 para US$ 22 nos próximos 12 meses.

Os investidores estão desconfiados com a Stone ao menos desde o início deste ano, quando a fintech inglesa de crédito Greensill quebrou, levantando o alerta sobre os modelos de concessão de empréstimos de empresas financeiras.

Mais recentemente, a empresa voltou a assustar o mercado com a interrupção das concessões após um salto na inadimplência e não deixou claro quando vai voltar a emprestar dinheiro.

stone gráfico de desempenho

Stone com balanço ruim

No balanço do terceiro trimestre, a Stone apresentou lucro líquido ajustado de R$ 132,7 milhões, uma queda de 53,9% sobre o resultado de um ano antes.

Analistas, em média esperavam lucro líquido de R$ 193 milhões para a Stone no período, segundo os dados da Refinitiv, da Reuters.

Com os números, o Bank of America (BofA) reiterou a sua visão neutra para as ações negociadas na Nasdaq, com preço-alvo de US$ 59.

“A administração não apresentou sinergia de receita ou de custo com a aquisição da Linx, mas mencionou que melhorou as operações de crédito e deve iniciar os testes do produto no quarto trimestre de 2021 ou no primeiro de 2022”, escreveram os analistas do banco.

Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
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