Localiza (RENT3) tem queda de 37% no lucro do 4T22, com impacto da ex-rival Unidas

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15 mar 2023, 8:29 - atualizado em 15 mar 2023, 8:35

A Localiza (RENT3) registrou lucro líquido de R$ 443 milhões no quarto trimestre de 2022, recuo de 37% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo balanço divulgado nesta quarta-feira (15).

O resultado foi impactado por custos de integração com a ex-rival Unidas. Em termos ajustados, o lucro líquido somou R$ 637,7 milhões, em uma queda de 12,5% na base anual.

“Tivemos nesse trimestre gastos com a integração e carve-out, além de impactos não-caixa no resultado advindos da amortização da mais valia que, somados a baixa do prejuízo fiscal”, disse a empresa em release de resultados. Excluindo tais efeitos, o lucro líquido ajustado reflete:

(+) R$ 509,4 milhões de aumento no Ebitda;
(-) R$ 375,7 milhões de aumento na depreciação de carros e outros;
(-) R$ 422,9 milhões a mais em despesas financeiras líquidas, especialmente em razão do aumento no CDI médio do período e maior saldo da dívida, compensado parcialmente pelos efeitos de MTM dos contratos de swap;
(+) R$ 198,0 milhões de redução no imposto de renda e contribuição social.

O Ebitda ajustado somou R$ 2,16 bilhões no período, alta de 30,8%, com margem Ebitda ajustada de 67,6% – ganho 4,2 pontos percentuais. Já a receita líquida do período foi para R$ 5,88 bilhões, avanço de 40,3%, de acordo com a empresa.

A receita líquida de aluguéis apresentou crescimento de 23,7%, sendo 6,7% na divisão de Aluguel de Carros e 58,9% na divisão de Gestão de Frotas (decorrente da otimização das carteiras e forte tração comercial)

“Com a retomada do fornecimento de veículos em condições favoráveis, a companhia acelerou o crescimento na divisão de Gestão de Frotas e deu início ao processo gradual de renovação da frota priorizando a desativação e venda dos carros com maior quilometragem na divisão de Aluguel de Carros”, disse a Localiza.

A receita de Seminovos apresentou crescimento de 61,8% no trimestre, resultado do aumento de 71,7% nos volumes, parcialmente compensado por um preço médio de venda 5,8% menor, explicado pela aceleração da desmobilização de carros de entrada com maior quilometragem, ainda conforme a empresa.