Esta ação está uma pechincha e pode ver lucro triplicar, segundo Buffett de Londrina

A bolsa está barata e recheada de oportunidades, afirmou o gestor César Paiva, da Real Investidor, também conhecido como Buffett de Londrina pela entrega de rentabilidade.
Em painel da XP Expert, o gestor citou alguns papéis que estão uma pechincha, entre eles a MRV (MRVE3). Negociada a R$ 6 na bolsa, a companhia vem de momento difícil nos últimos anos, mas trabalha para colocar a casa em ordem.
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Na semana retrasada, a empresa “arrancou o band-aid” de uma vez e vendeu parte relevante dos ativos da subsidiária Resia, mesmo reconhecendo uma perda contábil de até US$ 144 milhões.
A decisão, segundo Ricardo Paixão, CFO da companhia, visa gerar US$ 493 milhões em caixa e cortar a dívida líquida da operação americana em quase 43%.
Apesar de ter andado em 2025, com alta de 16%, a companhia ainda está bem distante dos preços dos últimos anos, quando chegou a negociar R$ 19.
“Projetamos a empresa lucrando R$ 1 bilhão no ano que vem negociado a R$ 6. Em 2027, pode dar lucro de R$ 1,5 bilhão. Pode dobrar e até triplicar de lucro”, diz.
A MRV teve prejuízo líquido ajustado de R$ 262,9 milhões no primeiro trimestre.
No painel, Paiva também afirmou que está comprado em setor financeiro, como bancões, Allos (ALOS3) “valendo metade do preço”, Log (LOGG3), Eletrobras (ELET3), com taxa interna de retorno de 15%, Suzano (SUZB3) e Petrobras (PETR4).
Sobre o trader eleitoral, Paiva afirmou que se essa mudança acontecer, “tem muitos upside”.
“Quando teve o impeachment [da Dilma, em 2016], o fundo valorizou 60%. Quem sabe, olhando para frente, temos bons elementos para dizer que a luz do fim do túnel está próxima”.
Parte do mercado já começa a imaginar cenário em que algum candidato de direita consiga ganhar as eleições presidenciais do ano que vem, em meio à queda de popularidade do presidente Lula.
MRV ganha fôlego
Na semana, a MRV ganhou alguns pontos com o mercado. As ações da chegaram a subir mais de 5% na quarta-feira após o Santander preço-alvo de R$ 9,00 para R$ 9,50.
O novo valor representa um potencial de valorização de quase 60%.
A recomendação foi mantida como compra para a companhia e os analistas destacaram dois pilares principais para sustentar o otimismo:
- melhoria contínua nas operações no Brasil, com expectativa de margens mais saudáveis, aumento na geração de caixa e redução nas concessões pro soluto;
- redução das incertezas sobre a Resia, unidade norte-americana da MRV, após o detalhamento do plano de desinvestimentos da companhia.
“Acreditamos que a remoção das incertezas relacionadas às perdas da Resia e o forte desconto em relação ao valor patrimonial justifiquem uma assimetria positiva para as ações”, escreveram os analistas Fanny Oreng e Matheus Meloni.