Comprar ou vender?

A ação ‘de luxo’ barata para comprar agora, segundo o Safra

28 maio 2023, 18:00 - atualizado em 26 maio 2023, 12:05
Loja da Vivara no Shopping Maringá Park
Segundo o Safra, o risco mais relevante a ser monitorado são as discussões da agenda fiscal. (Imagem: LinkedIn/Vivara)

A Vivara (VIVA3) é a principal escolha do banco Safra no varejo de luxo. Segundo a instituição, o papel é o mais barato do segmento, negociado a um múltiplo preço sobre lucro (P/L) de 13,8x para 2023 – a projeção do Safra é de 14,6x e o histórico de dois anos é de 15,8x.

“A liquidez sempre foi um problema para a empresa, no entanto, considerando a melhora de quase 70% nos últimos seis meses, a Vivara poderia ser negociada mais perto do nível histórico de aproximadamente 20x das outras duas”, disseram os analistas do banco.

Eles seguem com recomendação de compra para a varejista, a um preço-alvo de R$ 32 (ante R$ 31). O Safra também atualizou as estimativas para as ações de Arezzo (ARZZ3) e Grupo Soma (SOMA3), a R$ 97 e R$ 14,60, respectivamente. A recomendação é de compra para as duas empresas também.

Para o Safra, as empresas com público de alta renda “continuam a provar a sua resiliência apesar do cenário macro”.

O banco acrescenta que o Grupo Soma é negociado a um múltiplo mais alto, mas com o maior desconto em relação aos níveis históricos, com P/L de 14,9x contra múltiplo alvo de 17,5x e o histórico de dois anos de 20,5x.

“A empresa tem o maior risco de execução, já que precisa reverter a operação da Hering, e é a mais beneficiada pelos subsídios dos impostos sobre vendas em seus resultados”, ponderou.

A Arezzo, segundo o Safra, tem um P/L atual de 16,2x contra múltiplo alvo de 19,2x e o histórico de dois anos de 20x.

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Riscos para as ações

Segundo o Safra, o risco mais relevante a ser monitorado são as discussões da agenda fiscal e seu impacto sobre os benefícios fiscais e subsídios, além do macro e da execução.

“Em nossos modelos e cenários, simulamos apenas o impacto da retirada dos subsídios sobre o imposto de renda; no entanto, se os benefícios forem suspensos, o impacto negativo seria ainda mais grave”, disseram os analistas.

Com relação à execução, os riscos a serem monitorados seriam reconhecimento/reputação da marca; sazonalidade e adesão às cobranças; execução e integração de fusões e aquisições (especialmente para Soma e Arezzo), acrescentaram.

Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.