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A ação para 2023 que ainda pode subir 50%, segundo o BTG

11 fev 2023, 9:00 - atualizado em 10 fev 2023, 23:32
Academia da Smart Fit na Avenida Paulista
Há motivos para otimismo, avalia o BTG, sobre as redes de academias (Imagem: Money Times/Márcio Juliboni)

A indústria de academias foi uma das mais afetadas pela pandemia do coronavírus. Com as restrições impostas para conter a disseminação da doença, as redes enfrentaram períodos prolongados de inatividade devido aos lockdowns ou limitação no número de pessoas que podiam frequentar as aulas e os treinos.

Como se não bastasse, a indústria também foi sacudida pela ameaça de recessão global e taxas de juros elevadas.

Apesar dos desafios, há motivos para otimismo, avalia o BTG Pactual. Sobre a Smart Fit (SMFT3), o banco afirma que, embora o risco da inflação ainda esteja presente na tese de investimento, a companhia está muito bem posicionada para abocanhar uma participação de mercado maior na América Latina.

O BTG levanta três pilares:

  1. grande escala na região, com 1.157 academias, 348 mil assinaturas digitais e 3,4 milhões de membros (offline) em 14 países até setembro;
  2. unit economics atrativo das academias, com melhorias de lucratividade graças à maior alavancagem operacional e iniciativas de otimização de custos; e
  3. exposição a um setor fortemente congestionado em meio à recuperação do consumo global de serviços, como já observado em muitos países.

Na avaliação do BTG, a Smart Fit, além de se beneficiar com o fim das restrições de mobilidade, deve aproveitar a tendência de maior conscientização da população sobre saúde e condicionamento físico.

O BTG destaca o sucesso da Smart Fit de compensar as pressões inflacionárias nos últimos trimestres ao realizar diversas iniciativas, incluindo a renegociação dos contratos de leasing.

O BTG também cita o plano de crescimento de 200 adições líquidas da companhia em 2023, com foco maior nos países da América Latina, onde a recuperação está mais rápida, em vez do Brasil.

“O crescimento se concentrará principalmente em cidades maiores (+1 milhão de habitantes), estendendo-se posteriormente a regiões menores”, afirma o time de análise da instituição, em relatório publicado na última semana.

Os analistas acreditam que o potencial para capturar mais espaço nas regiões onde a Smart Fit já atua e a maturação de suas novas unidades, além da recuperação do tráfego de pessoas, devem significar um “sólido CAGR (taxa de crescimento anual composta) de 56% de Ebitda entre 2022-25 e um sólido momentum de curto prazo”.

Por isso, mesmo reconhecendo que o valuation da companhia está caro, o BTG avalia que a Smart Fit é uma tese para 2023.

“Vemos boas perspectivas de crescimento nos próximos quatro anos e como uma tese para os próximos meses, dado momentum mais forte”, reforçam os analistas.

O BTG tem recomendação de compra para a ação, com preço-alvo de R$ 24, o que implica um potencial de valorização de aproximadamente 50% em relação ao preço atual.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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