Bolsa de Valores

A bolsa ainda está barata depois da disparada de 30%? Pesquisa revela o que pensam os “tubarões” do mercado

13 nov 2025, 15:51 - atualizado em 13 nov 2025, 15:51
Petrobras
A bolsa ainda está barata depois da disparada de 30%? Pesquisa revela o que pensam os “tubarões” do mercado (Imagem: Pixabay)

Depois de um salto de 30% em 2025, o Ibovespa deixou até os otimistas de boca aberta. Mas a pergunta agora é inevitável: a festa na bolsa está perto do fim — ou o rali ainda tem fôlego para continuar?

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Se o parâmetro for o preço das ações, a resposta parece ser “sim”, segundo uma pesquisa realizada pela Empiricus com 29 gestoras de fundos de ações.

A maioria dos “tubarões” da Faria Lima e do Leblon ainda considera a bolsa brasileira barata — e sete deles a classificam como “muito barata”.

De modo geral, os gestores também mantêm uma visão otimista ou muito otimista para o mercado de ações nos próximos seis meses.

Hora das small caps na bolsa?

Em meio à maré positiva da bolsa, o levantamento indica que os gestores aproveitaram o bom momento para ajustar as carteiras.

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As empresas de maior porte — com valor de mercado acima de R$ 20 bilhões — ainda predominam, mas com uma redução de 50,1% para 46,1% dos portfólios.

Quem ganhou espaço foram as small caps, companhias avaliadas em até R$ 10 bilhões, que agora respondem por 34,1% das carteiras.

O movimento de recalibragem também se reflete no perfil das empresas escolhidas. O nível médio de alavancagem subiu de 1,6x para 1,8x, indicando uma leve mudança em direção a nomes mais arriscados.

“Apesar do aumento, os dados seguem apontando para companhias com balanços saudáveis e estrutura de capital moderada”, destaca a Empiricus em relatório.

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Outro sinal de maior apetite por risco está no nível de caixa dos fundos, que recuou de 7,7% para 5,7% entre setembro e outubro.

Quanto menor o volume de recursos parados, maior a confiança dos gestores na bolsa — e, nesse caso, a redução também reflete a própria valorização das ações, que diminui a proporção do caixa em relação ao patrimônio dos fundos.

As preferências dos gestores

O otimismo, no entanto, não significa que os gestores estejam comprando qualquer coisa na B3.

Ao mapear a percepção sobre os diferentes setores, a pesquisa da Empiricus mostra piora nas expectativas para os segmentos de AeroespacialPapel e Celulose e Petróleo e Gás.

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Por outro lado, houve melhora na visão para Aluguel de Veículos e LogísticaVarejo e Utilidades Públicas.

O setor de Metais e Mineração deixou o campo negativo e agora está neutro, enquanto Bens de Capital e Educação, antes vistos de forma marginalmente negativa, passaram para o território positivo, segundo o levantamento.

E a “bolha” da IA?

A Empiricus aproveitou a pesquisa para saber a opinião dos gestores de fundos sobre um tema que se tornou recorrente no mercado: estamos diante de uma bolha prestes a estourar na inteligência artificial?

Quase metade dos entrevistados (44,8%) espera, sim, um aumento nos sinais de bolha nos próximos 12 a 24 meses, mas de forma marginal. Ou seja, os tubarões do mercado brasileiro veem maior risco de exageros localizados, mas não uma distorção generalizada de preços.

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