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A carne é nova, mas o contrato é antigo. China só está raspando o taxo pré-vaca louca

05 jan 2022, 15:33 - atualizado em 05 jan 2022, 15:44
Ásia China Açougue Suínos Carnes Consumo
China está refazendo parte dos estoques com os contratos antigos de carne bovina brasileira (Imagem: Unsplash/@natalieng)

Quando a China raspar o taxo é que ficará mais claro o tamanho do apetite por carne bovina brasileira.

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Em que pese a alta nas exportações de dezembro (126,9 mil/t), 56,35% frente a novembro, atribuída à volta dos asiáticos a partir do dia 15, a verdade é que não está tendo quase nada de contrato novo.

Nem agora. Muito pouco, informa o analista da Agrifatto, Yago Travagini.

A carne bovina pode ser nova, mas é quase tudo negócio fechado antes de 3 de setembro, quando o Brasil decretou os casos de vaca louca e as exportações para lá foram paralisadas.

Como costuma haver negócios pré-pagos com 40% no fechamento, esses importadores estão honrando a continuidade, explica ele.

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Ninguém tem noção da quantidade do estoque desses contratos pendentes e quanto correspondem em volume de carne – não espere que frigorífico algum fale também -, mas, naturalmente, são finitos.

O taxo deverá ser raspado. Porém, com jeito de que, quando muito, só por perto do fim de fevereiro.

Até lá, contando com o período do Ano Novo Lunar, que adentra um dos maiores feriadões mundiais no mês que vem, quando a China simplesmente sai do mapa comercial, serão poucos os novos negócios, acredita Travagini.

De vantagem para o pecuarista é que o boi não está em um teto baixo, na casa dos R$ 340 a R$ 350, em São Paulo, as chuvas vão folgando os pastos, dando mais condições de segurar mais o rebanho (já curto) e tendo, mais dia, menos dia, a China na proa.

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“Mas não vejo muito espaço para além desse valor”, conclui o analista da Agrifatto, para quem o “chinês não está com muito apetite não”.

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
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