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O contra-ataque do Mercado Livre (MELI34) e a dificuldade da Amazon na disputa do e-commerce, segundo o Itaú BBA

27 jun 2025, 16:52 - atualizado em 27 jun 2025, 16:52
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O Mercado Livre e a Amazon estão se movimentando na acirrada competitividade do e-commerce (Imagem: Reuters/Divulgação Mercado Livre)

Uma guerra por espaço e crescimento no e-commerce está travada por grandes nomes do setor, como o Mercado Livre e Amazon. O Itaú BBA chama a atenção do movimento da Amazon de colocar o Brasil como o principal destino global para investimentos em expansão ao longo de 2025, mas há contra-ataque da concorrente.

Segundo a presidente da divisão brasileira da Amazon, Juliana Sztrajtman, desde 2011, quando a gigante do e-commerce chegou no Brasil, foi feito cerca de R$ 33 bilhões em investimentos, sendo que R$ 8 bilhões ocorreram apenas nos últimos dois anos.

“A Amazon, globalmente, tomou a decisão de que o Brasil seria — e está sendo — o país em que mais investiríamos em expansão no mundo”, afirma.

A equipe do BBA liderada por Rodrigo Gastim, estima que o GMV (volume bruto de mercadorias) da Amazon no Brasil deve atingir cerca de US$ 6,5 bilhões, o que representa cerca de 1/4 (um quarto) do Mercado Livre e menos de 1% do GMV estimado para a Amazon globalmente.

“Em nossa opinião, um obstáculo crítico para o sucesso da Amazon no país tem sido sua abordagem em relação aos vendedores. Dificuldades em atrair novos vendedores e expandir as listagens de produtos criaram atritos, limitando seu potencial de crescimento. Adaptar protocolos baseados nos EUA para o mercado local tem se mostrado desafiador”, dizem os analistas.

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Contra-ataque do Mercado Livre

Já sobre o Mercado Livre, o BBA aponta que a companhia está “contra-atacando”, o que veem como o certo a se fazer, no entanto, configura um provável obstáculo para os números no curto prazo.

“Como escrevemos recentemente, o Mercado Livre respondeu à crescente pressão competitiva com um plano de ação claro, tanto ofensivo quanto defensivo, reforçando sua proposta de valor para compradores e vendedores”.

Os movimentos do e-commerce englobam novas políticas de frete para aumentar a competitividade em categorias de baixo ticket, como beleza, casa e moda, áreas onde a Shopee tem feito avanços significativos.

“Essas são jogadas calculadas visando preservar participação, aumentar a frequência de compra e impulsionar o crescimento do GMV, embora possam pesar nas margens de curto prazo”.

Os analistas colocam que o recente anúncio de subsídios de frete para vendedores e compradores representa um impacto negativo estimado em US$ 330 milhões após impostos, ou cerca 13% do resultado de 2025.

Apesar disso, caso o Mercado Livre consiga reacelerar o crescimento do GMV diante do aumento da concorrência, a ação deve responder positivamente, vê o BBA.

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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