Bilionários

A empresa que fez brasileira a bilionária mais jovem do mundo — e sem ser herdeira

03 dez 2025, 15:32 - atualizado em 03 dez 2025, 15:32
Luana Lopes Lara, dona da Kalshi - Divulgação
Luana Lopes Lara se tornou a bilionária mais jovem do mundo após o avanço da Kalshi, plataforma que criou o mercado de contratos de eventos nos EUA. Luana Lopes Lara, dona da Kalshi - Divulgação

Sem herdar nada de ninguém, Luana Lopes Lara se tornou a bilionária mais jovem do planeta, segundo a Forbes. A brasileira chegou ao topo graças à Kalshi, empresa que cofundou nos Estados Unidos e que impulsionou sua ascensão. Detentora de 12% da startup, ela soma hoje um patrimônio estimado em US$ 1,3 bilhão (R$ 6,93 bilhões).

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Mas, afinal, o que a Kalshi faz?

O que a Kalshi faz?

Luana Lopes Lara e Tarek Mansour da Kalshi - Divulgação
Luana Lopes Lara e Tarek Mansour da Kalshi – Divulgação

Fundada em 2018 por Luana e pelo libano-americano Tarek Mansour, a Kalshi opera como uma espécie de bolsa de contratos de eventos. Na plataforma, usuários compram e vendem ativos baseados em perguntas de “sim” ou “não” sobre acontecimentos mensuráveis.

Diferente de uma Bolsa de Valores tradicional, a empresa não negocia ações: os participantes operam contratos atrelados ao resultado de eventos futuros — ou seja, praticamente qualquer coisa. Não à toa, o nome Kalshi significa “tudo” em árabe.

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O mecanismo é simples: cada contrato corresponde a uma pergunta objetiva, como “a inflação dos EUA vai subir acima de X%?” ou “o filme Ainda Estou Aqui vai ganhar o Oscar?”.

Se o evento se confirmar, o ativo paga US$ 1; caso contrário, passa a valer zero. O preço — que varia entre US$ 0,01 e US$ 0,99 — reflete a probabilidade atribuída pelo mercado. Assim, um ativo negociado a US$ 0,63 indica que os investidores estimam 63% de chance de o evento ocorrer.

A Kalshi é a única exchange de mercados de eventos aprovada pela Comissão de Negociação de Futuros dos EUA (CFTC). Essa regulamentação garante que seus produtos tenham caráter financeiro, e não apenas recreativo. Além disso, o modelo de negócios é baseado em taxas de transação, algo que diferencia a plataforma das casas de apostas tradicionais.

O salto para o mundo dos esportes

O modelo de “apostar em tudo” já era promissor, mas o grande salto veio com a entrada da empresa no setor esportivo. Em parceria com a corretora Robinhood, a Kalshi passou a oferecer contratos ligados ao futebol americano.

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E o impacto foi imediato.

Em questão de meses, os esportes passaram a responder por cerca de 80% do volume negociado na plataforma. A nova categoria também solucionou um desafio típico dos mercados preditivos: a frequência dos eventos.

Disputas políticas, por exemplo, geram picos de volume, mas são cíclicas — como as eleições presidenciais, que ocorrem apenas a cada quatro anos. O esporte, por outro lado, garante um fluxo contínuo de eventos de alto engajamento, oferecendo liquidez constante.

A integração com a Robinhood ampliou ainda mais o alcance da Kalshi. Milhões de clientes passaram a negociar diretamente de suas contas — inclusive em estados norte-americanos onde as apostas esportivas são proibidas — aproveitando uma brecha regulatória entre leis estaduais e jurisdição federal.

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Em outubro, a liga norte-americana de hockey (NHL) fechou acordos de licenciamento com a Kalshi, tornando-se a primeira grande liga esportiva profissional dos EUA a permitir o uso de suas marcas registradas por mercados de previsão, segundo o Wall Street Journal.

Com a expansão no esporte e o interesse crescente dos investidores, a Kalshi conquistou o status de unicórnio.

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Hoje, a empresa está avaliada em US$ 11 bilhões — cerca de R$ 58,63 bilhões, na cotação atual.

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Formado em Jornalismo pela PUC-SP, atua como repórter no Money Times e no Seu Dinheiro, onde também já trabalhou como analista de mídias sociais, com experiência em produção de conteúdo para diferentes plataformas digitais. Antes disso, foi repórter no site Monitor do Mercado.
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