Banco Central

À espera do Copom: Haddad vê espaço para o corte de 0,50 pp na Selic

02 ago 2023, 15:06 - atualizado em 02 ago 2023, 15:08
Fernando Haddad, Ministério da Fazenda meta inflação banco central bc selic juros
Com o mercado esperançoso no possível corte na taxa Selic, ministro da Fazenda, Fernando Haddad comenta em entrevista sobre a reforma tributária. (Imagem: Flickr/ Ministério da Fazenda/ Diogo Zacarias)

Nesta quarta-feira (02), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o processo de corte na taxa de juros “certamente” começará hoje, na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.

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Haddad mencionou estar fazendo uma gestão enorme “para que a taxa Selic caia”, tendo em vista que a taxa Selic hoje está em 13,75% e se enquadra na maior taxa do mundo, em termos reais.

“Nós temos um espaço importante para a queda da taxa básica. E quando cai a taxa básica de juros — o que certamente vai começar a acontecer hoje — você vai ter uma perspectiva de diminuição dos juros futuros, o que implica que as empresas vão começar a captar mais barato e, ao final, isso vai acabar chegando no consumidor”, disse, em entrevista à EBC.

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Segundo o ministro, as medidas adotadas pelo governo, propostas estas aprovadas pelo Congresso, abriram a possibilidade da redução na taxa de juros, além também das decisões tomadas pelo Judiciário no primeiro trimestre de 2023.

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“Aconteceu muita coisa boa neste primeiro semestre. A pessoa agora está discutindo assim: ‘o que vamos colher deste investimento que foi feito no primeiro semestre?’ Tecnicamente a pessoa pode falar: ‘vamos colher 0,5 ponto (de corte nos juros)’, porque tem espaço para isso, vai ser bom para o Brasil”, disse.

Ao ser questionado sobre o espaço de rediscutir a autonomia do Banco Central, Haddad afirmou querer discutir a taxa de juros, de forma técnica e com base em indicadores, sem ofender a prerrogativa de leis.

Haddad aponta que o corte dos juros e a aprovação da reforma tributária terão “efeitos diluídos ao longo do tempo”, e implicará no impacto imediato na tomada de decisões dos investidores.

E o Desenrola?

Na entrevista, Haddad ainda mencionou o “Desenrola”, programa do governo federal para renegociação de dívidas lançado no mês passado. A expectativa do governo é de atingir em 50 bilhões de reais as dívidas bancárias até o final do ano.

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Neste mês de agosto, acontecerá um leilão dos credores, e segundo o ministro, “o credor que der o maior desconto, vai ter a sua dívida garantida pelo Tesouro Nacional”. Com esse passo, em setembro começará a nova fase do Desenrola, para as dívidas não bancárias.

*Com informações da Reuters

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Estagiária
Estudante de jornalismo na Universidade São Judas Tadeu, tem habilidades em edição de imagens e vídeos além da paixão pelo meio de comunicações.
vitoria.pitanga@moneytimes.com.br
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