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A febre da gestão passiva: Primeiro contato com ETFs

21 maio 2025, 9:44 - atualizado em 21 maio 2025, 9:44
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ETFs ganham espaço entre investidores brasileiros com proposta de diversificação simples e acessível. (Imagem: Bigc Studio/ Canva Pro)

Um ETF, ou Exchange Traded Fund, é um fundo de investimento que replica um índice de mercado, como, por exemplo, o Ibovespa ou o S&P 500, e é negociado na bolsa como se fosse uma ação.

Ele funciona de forma simples: o gestor do fundo monta uma carteira com os ativos que compõem o índice que está sendo replicado. Assim, ao comprar uma cota do ETF, o investidor está adquirindo uma fração dessa carteira diversificada.

Prós e contras dos ETFS

A principal vantagem dos ETFs é a diversificação instantânea, já que com uma única aplicação é possível se expor a dezenas ou centenas de ativos. Além disso, eles têm custos baixos em comparação com fundos de gestão ativa, são acessíveis a qualquer investidor e possuem liquidez diária, permitindo comprar e vender no mercado em tempo real.

Por outro lado, os ETFs não contam com gestão ativa, ou seja, não tentam superar o índice, apenas o replicam. Além disso, os dividendos pagos pelas empresas da carteira não são distribuídos diretamente ao investidor; normalmente, são reinvestidos no próprio fundo. Há ainda custos indiretos e o chamado tracking error, que representa a diferença entre o desempenho do ETF e o do índice de referência.

ETFs conhecidos no Brasil

O BOVA11 é o ETF mais tradicional da bolsa brasileira. Ele acompanha oÍndice Bovespa, principal índice da B3, e funciona como uma porta de entrada para quem quer investir de forma ampla no mercado local. Com ele, o investidor adquire, de uma só vez, participação em empresas como Vale, Petrobras, Itaú e Ambev. Sua liquidez é altíssima, o que o torna útil não apenas para quem quer investir no Brasil, mas também para traders e estratégias mais táticas. A principal crítica é que o Ibovespa tem uma composição distorcida, concentrada em poucos setores.

BMFBOVESPA_DLY:BOVA11 Chart Image by GFauth

O SMAL11 acompanha o índice de small caps, empresas menores e com maior potencial de crescimento na bolsa. Ele é mais volátil que o BOVA11, mas também oferece maior potencial de valorização em ciclos positivos da economia. Empresas menores tendem a reagir de forma mais intensa a mudanças no cenário macroeconômico, tanto para cima quanto para baixo. É indicado para quem busca crescimento de capital e aceita oscilações maiores no curto prazo.

BMFBOVESPA_DLY:SMAL11 Chart Image by GFauth

O IVVB11 é um dos ETFs mais populares do Brasil e replica o S&P 500, índice que reúne as 500 maiores empresas dos Estados Unidos. Investir nele é como comprar uma fatia das gigantes americanas, como Apple, Microsoft, Amazon e Google, tudo isso em reais e pela B3. Além de oferecer diversificação internacional, ele protege contra a desvalorização do real, já que o fundo é dolarizado. É ideal para quem quer ter exposição ao mercado americano de forma simples e eficiente, com uma das menores taxas de administração entre os ETFs disponíveis.

Não podemos esquecer do HASH11, que oferece exposição ao universo das criptomoedas, seguindo um índice que inclui ativos como Bitcoin, Ethereum e outras moedas digitais relevantes. Ele foi criado para trazer o mercado cripto para dentro da B3, de forma regulada e com mais segurança para o investidor tradicional. Como qualquer produto ligado a cripto, sua volatilidade é extremamente alta e os movimentos de preço são intensos, tanto nas altas quanto nas quedas. Serve como uma aposta estratégica de longo prazo para quem entende os riscos envolvidos e quer alocar uma pequena parte da carteira em ativos alternativos.

Para quem quer investir lá fora o mais quente e nervoso é o QQQ, oficialmente chamado de Invesco QQQ Trust, é um dos ETFs mais negociados do mundo e replica o Nasdaq-100, índice que reúne as 100 maiores empresas não financeiras listadas na Nasdaq. Em outras palavras, é uma aposta direta e concentrada nas maiores empresas de tecnologia e inovação dos Estados Unidos.

NASDAQ:QQQ Chart Image by GFauth

E para quem prefere menos emoção tem renda fixa também. O XFIX11 replica o IMA-B, índice de títulos públicos federais atrelados à inflação, como as NTN-Bs. É uma forma prática de se proteger contra a perda do poder de compra no longo prazo, já que os papéis rendem IPCA mais uma taxa real. Ele é especialmente útil para quem está pensando em aposentadoria, fundos previdenciários ou simplesmente quer travar o valor do dinheiro em prazos longos. O risco fica por conta da marcação a mercado, que pode gerar volatilidade no curto prazo mesmo em um produto teoricamente mais conservador.

BMFBOVESPA_DLY:XFIX11 Chart Image by GFauth

Os ETFs são ferramentas versáteis, acessíveis e eficientes para diversificar investimentos com simplicidade e baixo custo. Permitem exposição a diferentes mercados — Brasil, Estados Unidos, renda fixa, small caps, tecnologia, cripto e até ao mundo inteiro — por meio de um único ativo negociado em bolsa.

Cada ETF tem uma função estratégica específica e pode compor portfólios de todos os perfis, desde os mais conservadores até os mais arrojados. Entender suas características é o primeiro passo para montar uma carteira mais inteligente, moderna e alinhada aos seus objetivos.

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