Investimentos

A história da primeira investidora do Brasil: Como ela alcançou uma fortuna de 37 milhões de réis?

08 mar 2023, 12:20 - atualizado em 08 mar 2023, 12:20
Primeira investidora
A primeira investidora foi uma brasileira chamada Eufrásia Teixeira (Imagem: Autor desconhecido/Reprodução)

O Brasil tem hoje 1,4 milhão de mulheres investindo na Bolsa de Valores, segundo dados da B3. O levantamento contempla um recorte até o início deste ano e mostra que esse total mais que triplicou em relação a 2019, quando o grupo somava 400 mil.

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O número ainda é pequeno quando comparado aos homens, representando apenas 22,83% do total de investidores brasileiros na Bolsa. 77,11%, ou 4,7 milhões, representam os investidores do gênero masculino.

Apesar de não se fazerem tão presentes na bolsa quanto os homens, o número de mulheres realizando operações vem crescendo consideravelmente.

Quem foi a primeira investidora brasileira?

A primeira investidora brasileira foi Eufrásia Teixeira Leite. A pioneira a enfrentar os balcões nasceu no ano de 1850, em Vassouras, no Rio de Janeiro. O seu falecimento aconteceu em 1930, aos 80 anos.

Era filha de Joaquim José Teixeira Leite e Ana Esméria Teixeira Leite, e tinha uma irmã mais velha chamada Francisca Bernardina Teixeira Leite (1845-1899).

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Eufrásia ganhou notoriedade nos séculos 19 e 20 por suas operações no mercado financeiro, em um período em que mulheres tinham sequer o direito ao voto.

Os pais das irmãs já tinham um patrimônio acumulado, que deixaram como herança para as filhas. José era conhecido como “capitalista do café” e fundou ao lado de sua esposa a Cada Teixeira Leite & Sobrinhos, que emprestava dinheiro a juros e outras negociações financeiras dentro do ramo do café, conta a XP Investimentos.

Ana faleceu em 1871 e Joaquim deixou as filhas no ano seguinte, em 1872. A família morava na Casa da Hera, onde Francisca e Eufrásia ficaram até 1873, quando, a bordo de um vapor, foram para a França e passaram a residir em Paris.

Eufrásia frequentou a aristocracia francesa, ganhou admiradores e se relacionou durante alguns anos com o político pernambucano e abolicionista, Joaquim Nabuco. Nunca se casou e nem teve herdeiros.

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Descobrindo o mercado

Eufrásia entrou para o mundo dos negócios e multiplicou sua herança, tornando-se acionista de empresas de diferentes países. Conforme a XP, os primeiros ativos comprados foram ações de empresas tecnológicas.

A investidora diversificava entre empresas de diferentes países e moedas. Eufrásia investiu por mais de 50 anos em 13 países e 7 moedas diferentes, incluindo as Bolsas de Nova Iorque, Paris e Londres.

Ela seguiu investindo no Brasil, principalmente em bancos, como o Banco do Brasil (BBAS3) e o banco Mercantil Rio de Janeiro (BMEB3). Eufrásia também investia na antiga cervejaria Antartica, hoje Ambev (ABEV3), além de títulos públicos, moedas e debêntures, mas com foco sempre nas ações.

A XP destaca que seu patrimônio final acumulava ações de quase 300 empresas diferentes. Sem filhos ou herdeiros próximos, ela destinou sua fortuna avaliada em 37 milhões de réis para instituições educacionais e de caridade em sua cidade natal.

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Repórter
Graduanda em jornalismo pela Universidade Estácio de Sá. Tem experiência cobrindo mercados, ações, investimentos, finanças, negócios, empreendedorismo, franquias, cultura e entretenimento. Ingressou no Money Times em 2021.
janaina.silva@moneytimes.com.br
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