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A hora da verdade para os bancões, problemas para a receita da Apple e a inflação de março nos EUA

10 abr 2023, 14:27 - atualizado em 10 abr 2023, 17:00
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Golpe no setor de PCs da Apple: empresa vê encomendas cair 40% entre março de 2022 e 2023. (Imagem: Unsplash/Laurenz Heymann)

Apple e fabricantes de PCs veem encomendas de PCs despencarem em 2022

A consultora International Data Corporation (IDC) divulgou nesta segunda-feira (10) um levantamento sobre o desempenho do mercado de hardware em 2022. A mensagem não foi animadora:  nos últimos 12 meses, quase 57 milhões de PCs deixaram de ser vendidos por causa do aumento da inflação e do custo do capital.

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A Apple (AAPL;AAPL34) foi a empresa que apresentou o pior resultado. A demanda pelos aparelhos com a “maçã” despencou  40% em relação ao ano anterior. O número, aliás, influencia na queda de 2,5% das ações Apple de 2,5% hoje na Nasdaq.

Além da fabricante do iMac, fabricantes como a Dell Technologies Inc, Lenovo e HP  também registraram quedas acentuadas no número de encomendas.

CPI de março: o que esperar do dado mais importante da semana?

Indicador mais importante da semana, o CPI do mês de março será divulgado na quarta-feira (12). De acordo com a empresa que gerencia a Bolsa de Chicago (a CME Group), a leitura deve apontar para um avanço de 0,2% da inflação principal na comparação mensal e um acumulado de 5,2% nos últimos 12 meses. Se confirmada, a leitura representará a maior desaceleração da inflação desde agosto de 2021.

Apesar do recuo da inflação principal, o investidor poderá se surpreender com o “núcleo” do dado. O CME estima que o núcleo do CPI em março registre um aumento de 5,4% na base anual. Com isso, o item que desconsidera os preços voláteis de energia e alimentos pode vir acima do “índice cheio” principal pela primeira vez desde janeiro de 2021.

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Essa tendência ‘invertida’ estaria sendo puxada pela desinflação de energia e alimentos e, sobretudo, pelo alto custo de moradias nos EUA. Em fevereiro, a inflação do setor chegou aos 8,1% acumulados nos últimos 12 meses. Pegajosa, a alta inflação deve motivar um aumento de 0,25 ponto percentual (pp) na taxa de juros em maio, quando dirigentes do Fomc voltam a se reunir.

A hora da verdade para os ‘bancões’

Após poucos dias de descanso, os mercados já voltam a se preparar para mais uma temporada de balanços. Os números já começam a sair no final desta semana, com Citigroup, BlackRock, JPMorgan e Wells Fargo fazendo as honrarias.

Vale frisar que Citi, JP e Wells Fargo fizeram parte do consórcio de bancões que injetou mais de US$ 30 bilhões em depósitos no First Republic Bank (FRC) com o objetivo de aumentar a liquidez do problemático banco regional.

Agora resta saber qual será o golpe desse resgate — e, no geral, da crise de confiança bancária instaurada em março — para os números de receita e de lucro das instituições gigantes. O cenário-base, de certo, não parece favorável para as corporações: até o dia 22 de março, cerca de R$ 500 bilhões (US$ 12o bilhões) foram sacados do sistema bancário americano.

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Tesla arrisca lucratividade com política de desconto de preços nos EUA

Ainda na sexta-feira de Páscoa, a Tesla (TSLA; TLSA34) cortou preços de alguns de seus veículos elétricos nos Estados Unidos entre 2% e quase 6%,  pela quinta vez consecutiva e o efeito da medida chega hoje na Nasdaq, com o papel da montadora de Musk caindo 1,57%.

Analistas e investidores que o movimento de ampliação de descontos, que busca insuflar a competitividade da fabricante de veículos elétricos, acabe sendo um tiro na culatra para a lucratividade da empresa. A Tesla divulga os resultados do primeiro trimestre de 2023 no próximo dia 19 de abril.

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Estagiário
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
jorge.fofano@moneytimes.com.br
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.

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