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A hora e a vez dos fundos imobiliários: XP divulga carteira recomendada de dezembro

03 dez 2019, 14:41 - atualizado em 03 dez 2019, 14:41
São Paulo Imóveis
Corretora seleciona melhores oportunidades de investimento (Imagem: Pixabay)

De olho na diversificação do investidor, a XP Investimentos publicou sua carteira recomendada de FIIs (Fundos de Investimento Imobiliários) para dezembro.

A modalidade se destaca pela não incidência de Imposto de Renda à pessoa física, por permitir exposição ao setor imobiliário sem aquisição física de um bem e pela terceirização da gestão através de um profissional especializado.

“Mantemos a nossa visão positiva para os fundos imobiliários, que se mantém atrativos quando comparados aos juros locais mesmo após sua forte performance recente”, afirma o analista Renan Manda.

Recordes e perspectivas

A corretora ressalta os números recordes da indústria de fundos imobiliários, apresentando R$ 75,5 bilhões em valor de mercado e volume de negociação na casa dos R$ 4 bilhões durante o mês de outubro.

O crescimento de 10,19% no número de investidores na base mensal de comparação diante do volume de setembro também é apontada por Manda como indicativo da “atratividade e o crescente interesse nesse produto”.

A tendência de queda da taxa básica de juro para patamar próximo a 4,25% no próximo ano na avaliação da XP Investimentos e a melhora nas projeções do PIB dentro do relatório Focus se mostram como pilares para pavimentar o caminho positivo inerente aos fundos imobiliários.

Lajes corporativas predominam

Ao contrário do Santander, com maior foco no setor logístico, a equipe de análise da corretora optou por maior exposição ao segmento de “Lajes Corporativas”, “especificamente em ativos de alto padrão e localizados em regiões premium na cidade de São Paulo”.

Em segundo lugar, assim como o banco, a preferência é pela exposição ao setor logístico, pela “visão mais positiva em relação ao crescimento desse segmento, que encontra demanda crescente por ativos AAA próximo a regiões metropolitanas”.

XP Investimentos
Modalidade apresenta crescimento no número de investidores (Imagem: Youtube da XP Investimentos)

Mudanças

A XP Investimentos retirou em dezembro os ativos Mogno FoF (MGFF11) e CSHG Recebíveis Imobiliários (HGCR11). A primeira saída deve-se ao “prêmio expressivo de 28% sobre o seu valor patrimonial”. Por sua vez, a segunda ocorre pela avaliação de que o fundo é negociado a “um prêmio de 16% sobre seu valor patrimonial”.

Em substituição, há a entrada de RBR Alpha Fundo de Fundos (RBRF11) e Valora RE III (VGIR11).

“Acreditamos que o RBRF tem potencial para continuar entregando rentabilidades atrativas, em linha com o seu dividend yield reportado nos últimos meses. Adicionalmente, vemos o FII negociando a 6% de prêmio sobre seu valor patrimonial”, afirma Manda.

A inclusão do Valora RE III ocorre pelos “atrativos spreads do seu portfólio suportando uma boa rentabilidade para o FII nos preços atuais”, além do “leve prêmio de 5% sobre o seu valor patrimonial”.

Por fim, além das substituições, a XP Investimentos redistribuiu os pesos dos FIIs de “Lajes Corporativas”, reduzindo o peso do The One (ONEF11) e elevando a parcela de Rio Bravo Renda Corporativa (RCRB11) e Pátria Edifícios Corporativos (PATC11). Ambos os ativos contam com participação de 12,5%.

Confira abaixo carteira recomendada de dezembro:

Código Nome Segmento Peso Cota em 02/12/2019 (R$) Yield estimado 12 meses
RBRF11 RBR Alpha Fundo de Fundos Fundo de Fundos 5% 113,30 9%
VGIR11 Valora RE III Recebíveis 10% 105,00 9%
CPTS11B Capitania Securities Recebíveis 10% 108,90 9,30%
SDIL11 SDI Logística Rio Logística 12,5% 112,50 6,50%
XPIN11 XP Industrial Logística 12,5% 134,50 6,50%
XPML11 XP Malls Shoppings 10% 122,81 5,90%
VISC11 Vinci Shopping Centers Shoppings 10% 135,89 5,70%
PATC11 Pátria Edifícios Corporativos Lajes Corporativas 12,5% 113,99
RCRB11 Rio Bravo Renda Corporativa Lajes Corporativas 12,5% 202 3,50%
ONEF11 The One Lajes Corporativas 5% 169,8 4,70%

Graduado em Ciências Econômicas pela USP, tendo cursado mestrado em Ciências Humanas e em Economia na UFABC, Valter Outeiro acumulou anos de vivência no mercado financeiro através de passagens nas áreas de estratégia de investimentos dentro de private banks, em multinacionais produtoras de índices de ações e em redações de jornalismo econômico.
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Graduado em Ciências Econômicas pela USP, tendo cursado mestrado em Ciências Humanas e em Economia na UFABC, Valter Outeiro acumulou anos de vivência no mercado financeiro através de passagens nas áreas de estratégia de investimentos dentro de private banks, em multinacionais produtoras de índices de ações e em redações de jornalismo econômico.
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