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A montanha-russa chamada Méliuz (CASH3): Ações valem a “emoção” do investimento?

10 ago 2022, 23:48 - atualizado em 10 ago 2022, 23:48
Méliuz
O time de análise da Genial vê a trajetória do Méliuz na Bolsa como uma “montante-russa” de emoções (Imagem: Reprodução)

Investir no Méliuz (CASH3) tem seus altos e baixos, mas a ação ainda está atraente e vale a emoção, avalia a Genial Investimentos.

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A corretora iniciou nesta semana a cobertura dos papéis da companhia com recomendação de “compra” e preço-alvo de R$ 2,45.

O time de análise da Genial vê a trajetória do Méliuz na Bolsa como uma “montante-russa” de emoções.

“Em uma montanha-russa, o carrinho não é motorizado, ou seja, todo o movimento desse emocionante brinquedo é resultado exclusivo da ação da força da gravidade. Por isso, o trajeto tem no início do percurso uma subida muito íngreme, seguida de uma enorme descida. E assim foi com Méliuz”, explicam Igor Guedes, analista do setor de Consumo, Varejo e Tecnologia, e Eduardo Nishio, head de Research e Finanças.

O que levou à queda das ações?

Os analistas lembram bem o momento em que o Méliuz foi do pico para uma derrocada com efeitos até os dias atuais.

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Em agosto do ano passado, relembra a Genial, o Méliuz reportou prejuízo de R$ 6,7 milhões, quebrando a sequência de três lucros consecutivos.

“Enquanto o CAC (custo de aquisição de clientes) médio de Nubank e Banco Inter era de R$ 26,75 e R$ 27,76 no primeiro trimestre de 2021, respectivamente, o do Méliuz era próximo de R$ 19,50. Esse CAC começou a subir a partir do segundo trimestre de 2021, à medida que a empresa saiu de lucro líquido positivo para reportar prejuízo, chegando próximo a R$ 45 no quarto trimestre de 2021, um aumento expressivo de 130% em dois trimestres, indo na contramão de outras fintechs que possuíam negócios de execução mais complexos e, mesmo assim, começaram a baixar o CAC ou mantiveram em nível similar”, comentam Guedes e Nishio.

Os analistas destacam ainda que, dentro do setor de tecnologia, não é comum ver empresas em fase de crescimento reportando lucro, o que pode explicar a disparada das ações nos primeiros meses.

Vale lembrar que o Méliuz estreou na B3 (B3SA3) com suas ações saindo a R$ 10 cada. No pico, o papel da tech chegou a R$ 74, antes do desdobramento de ações.

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Na avaliação da Genial, a piora na lucratividade de curto prazo pode ser explicada pela deterioração da margem de lucro para aumentar o spread entre a comissão que a companhia recebe dos varejistas parceiros (take rate) e o que ela repassa de cashback, na tentativa de captar mais crescimento na base de clientes.

Outro fator que pode ter afetado o desempenho do papel é o aumento da concorrência em um mercado pouco diferenciado, acrescenta a corretora.

Subindo a montanha-russa

Ao adquirir a Acesso Bank, o Méliuz começou a colocar em prática seu plano de se tornar uma plataforma de serviços cada vez mais completa, indo além do cashback.

O ecossistema do Méliuz passou a contar com cartões de crédito e débito, além de pagamentos e até investimentos em criptomoedas.

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A Genial olha para essa estratégia com otimismo. A corretora afirma que essa iniciativa pode representar “o marco inicial da subida da montanha-russa após a acentuada queda”.

Segundo a Genial, o cartão co-branded com o Banco Pan (BPAN4) foi um preparativo para a tech ir ganhando mais experiência na vertical de serviços financeiros para se lançar no setor depois.

“A companhia vem mostrando o entendimento de que investimento e geração de linhas de receita em serviços financeiros deverão ser o maior driver de crescimento do Méliuz nos próximos anos”, comentam os analistas.

Méliuz
Genial acredita que o Méliuz começará a ganhar escala entre o primeiro e segundo trimestre de 2024 (Imagem: Divulgação/Méliuz)

Na avaliação de Guedes e Nishio, a companhia, conseguindo unificar todo o ecossistema do aplicativo, deve controlar melhor a experiência do usuário e evitar o aumento do churn rate, que acumula retração de usuários ativos de 10%, mesmo com o número de usuários total em alta.

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“Observamos que o core business atual da companhia, que é a vertical de shoppings por meio do cashback, deverá servir muito mais para continuar atraindo e aumentando a base de clientes, mas a rentabilização desses clientes deverá ser feita por meio da vertical de serviços financeiros, oferecendo ao cliente uma experiência mais abrangente de consumo“, completam.

A Genial acredita que o Méliuz começará a ganhar escala entre o primeiro e segundo trimestre de 2024, atingindo então a marca de 350 mil emissões de cartão de crédito por mês.

“Se a companhia conseguir executar bem e crescer a carteira de modo gradativo, enxergamos um bom potencial”, concluem Guedes e Nishio.

A corretora acha que a forte desvalorização recente do papel cria um desconto para deixar a ação em patamar razoável em relação ao seu potencial de upside vs. risco de execução. Para a Genial, embora o risco seja alto, o upside é proporcional a esse risco.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
diana.cheng@moneytimes.com.br
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