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A nova cartada da Amazon que pode devastar operadoras de telefonia, Apple rumo aos US$ 3 tri e compra de Credit Suisse ainda pendurada

05 jun 2023, 17:02 - atualizado em 05 jun 2023, 17:02
Amazon, Credit Suisse, Apple
Confira os destaques do início da semana no mercado americano.

Novo serviço da Amazon coloca pressão sobre ações de telecomunicações

A Amazon estaria prestes a oferecer seu próprio serviço de telefonia, reportou a Reuters na última sexta-feira (2). A varejista planeja obter preços de atacado o mais baixos possível com as operadoras para formular planos de telefonia móvel para membros do Amazon Prime por US$ 10 ao mês, ou até mesmo de graça.

O rumor logo interferiu no ritmo de negociação de todo o setor telecomunicação dos EUA. No final do pregão do dia 2, AT&T, Verizon e T-Mobile, três das principais representantes do ramo, caíram em bloco.

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Nesta segunda-feira, um novo golpe. Desta vez, o HSBC publicou um relatório em que corta os preços-alvo das companhias de telecomunicação, citando a possibilidade de erosão das margens diante de uma competição com um plano de telefonia muito mais barato a ser oferecido pela Big Tech.

A Amazon vê no serviço uma possibilidade de fidelizar e expandir a base de assinantes do Amazon Prime, que se encontra estagnada em 167 milhões de usuários desde 2022.

Apple mira os US$ 3 trilhões em valor de mercado

A Apple (AAPL) caminha a passos largos para ser a primeira companhia do mundo a valer US$ 3 trilhões em capitalização de mercado. O papel da fabricante do iPhone chegou experimentar uma alta 1,25% no pregão desta segunda-feira (5) e passou ser negociado acima dos US$ 183,25, renovando a máxima histórica; o valor total de mercado da Big Tech é avaliado em US$ 2,8 trilhões.

No ano, a valorização do papel da Apple é de 43,3%.

A reação do mercado ao papel da Apple ocorre paralelamente a conferência anual de desenvolvedores de software da companhia. A ‘Maçã’ usa o evento para anunciar um novo fone de ouvido de realidade mista, no que já é considerado o maior lançamento da marca desde o iPad em 2010.

Compra de Credit Suisse ainda está pendurada

Quase dois meses depois de anunciada, a aquisição do Credit Suisse (CS) pelo UBS Group ainda encontra alguns entraves antes de ser concluída.

Em um comunicado publicado nesta segunda, os executivos do UBS disseram que algumas condições ainda precisam ser observadas. Entre elas, estão os termos exatos da garantia estatal de US$ 9,9 bilhões que fez o UBS aceitar a negociação.

O plano do banco suíço é concluir a aquisição do Credit Suisse no próximo dia 12 de junho, quando as ações do credor falido pararão de ser negociadas nos EUA, no próprio dia 12, e na Suíça, no dia 13 de junho.

Segundo o acordo firmado em março, os acionistas do CS receberão 1 ação do UBS para 22,8 ações do Credit Suisse em circulação. Os títulos da dívida do Credit Suisse em circulação se tornarão obrigação do UBS.

Estagiário
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.