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A par das mudanças do setor de saúde, Fleury amplia portfólio e busca virar uma empresa completa

15 dez 2020, 13:54 - atualizado em 15 dez 2020, 13:54
Fleury
Para o BTG Pactual, falta saber se a Fleury terá sucesso em manter seu bom histórico de lucratividade com as novas iniciativas (Imagem: YouTube/Fleury Medicina e Saúde)

Para não ficar para trás, a Fleury (FLRY3) embarcou nas mudanças da indústria de medicina e agora busca aproveitar as novas oportunidades para se tornar uma empresa completa no segmento, com um portfólio de produtos e serviços cada vez mais diversificado.

No Fleury Investor Day de 2020, o CEO da companhia, Carlos Marinelli, destacou que a empresa está se adaptando para explorar novos serviços, com operações em oftalmologia e terapia de infusão (a compra do CIP e da Clínica de Olhos Dr. Moacir Cunha foi anunciada na última semana), além da criação da plataforma de educação Pupila, de um centro de fertilidade e da operação B2C (Business to Consumer) Saúde iD.

O time de análise do BTG Pactual (BPAC11) participou do evento. Por mais que tenham recebido bem as novas iniciativas, os analistas acharam que a Fleury não entregou muitos detalhes quantitativos sobre as oportunidades de crescimento e retorno.

Sobre o lançamento do centro de fertilidade em São Paulo, por exemplo, a administração disse apenas que a medicina diagnóstica representa somente 20% das reivindicações médicas anuais do setor privado, o que abre possibilidade para ampliar o escopo.

“Foi ótimo ouvir sobre o forte potencial de receita dessas iniciativas, mas o evento falhou em entregar qualquer detalhe quantitativo maior sobre o core business”, afirmaram Samuel Alves e Yan Cesquim, autores do relatório divulgado pelo BTG ontem. “A companhia permanece otimista com a tese de consolidação em medicina diagnóstica, mas não falou muito sobre isso”.

As novas iniciativas têm potencial para ultrapassar o core business da empresa. Mesmo assim, para o BTG, falta saber se a Fleury terá sucesso em manter seu bom histórico de lucratividade.

Devido às incertezas quanto aos retornos estruturais das operações, e com os investidores apostando na mudança de direcionamento da Fleury, o BTG chegou à conclusão de que a ação está precificada e adotou recomendação neutra para a companhia, com preço-alvo em 12 meses de R$ 28.

ESG

A Fleury anunciou algumas metas ESG. Além da criação de um comitê de boas práticas ambientais, sociais e de governança corporativa que lidará diretamente com os membros do conselho de administração, a companhia impôs a meta de construir duas plantas de energia solar, com o início das operações já em 2021.

A Fleury também comentou que tem planos de expandir a capacidade de exames processados, de 150 mil para 500 mil por dia, com a abertura de um novo centro em 2022.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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