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A saída da Minerva (BEEF3) para ver a sua operação aprovada no Uruguai, segundo Safra

22 maio 2024, 13:34 - atualizado em 22 maio 2024, 16:00
minerva marfrig
O banco ressalta que a Minerva tem 10 dias úteis para recorrer, e após esse período, o governo terá 60 dias úteis para tomar uma decisão (Foto: Minerva Foods)

Na noite de ontem (21), o órgão antitruste do Uruguai (Coprodec) barrou a compra da Minerva (BEEF3) de três estabelecimentos industriais que pertenciam à Marfrig (MRFG3).

Por outro lado, o Banco Safra, em relatório assinado por Ricardo Bolati, ressalta que a decisão não é definitiva, sendo sujeita a recurso nos âmbitos administrativo e judicial, o que a instituição prevê que deve ocorrer nos próximos dias.

“Vemos essa notícia como negativa, mas amplamente esperada depois que a imprensa local a antecipou. Isso deve, pelo menos, atrasar a integração dos ativos, e o melhor cenário agora é provavelmente o sinal verde para a aquisição de apenas duas das três fábricas, se a Coprodec concordar em impor uma medida para autorizar parte do negócio”, disse o Safra, que recomenda compra para MRFG3 e tem recomendação neutra para BEEF3.

Sobre o acordo Minerva – Marfrig

Em seu comunicado ao mercado, a Minerva afirma que o preço de venda dos três ativos no Uruguai é de R$675 milhões.

De acordo com o Safra, assumindo uma receita proporcional à capacidade de abate de gado de cada região (16% no Uruguai e 84% no Brasil + Argentina) e uma margem EBITDA de 9,5% para os ativos do Brasil + Argentina, o Ebitda implícito do Uruguai totalizaria R$ 135 milhões (margem de 6,4%) e o múltiplo da transação no Uruguai seria de 5,0x (22% menor do que o dos outros ativos adquiridos e 20% abaixo do múltiplo considerando todos os ativos).

Por fim, o banco ressalta que a Minerva tem 10 dias úteis para recorrer da decisão, e após esse período, o governo terá 60 dias úteis para emitir uma decisão final sobre o recurso.

“Acreditamos que uma decisão final provavelmente não será emitida antes do final de outubro e que a Minerva poderia propor alguma venda de ativos em seu recurso para tentar obter uma aprovação”, concluiu o Safra.

Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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