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A seleção de ‘ações da renda fixa’ do BofA para se antecipar aos juros mais baixos no Brasil

14 jun 2023, 18:08 - atualizado em 14 jun 2023, 18:08
RibeirãoShopping MULT3
Ciclo de afrouxamento dos juros brasileiros esperado para agosto é o principal gatilho para os valuations de players de shoppings (Imagem: Divulgação/Multiplan)

De olho nos próximos movimentos que o Banco Central pode adotar em relação aos juros do Brasil, o Bank of America (BofA) realizou algumas mudanças em seu portfólio de preferências com bond proxies, conhecidas como ativos (normalmente ações) comparados a títulos de renda fixa devido aos seus retornos previsíveis.

À medida que novos indicadores econômicos positivos vão sendo divulgados, cresce a expectativa de que cortes da Selic, taxa básica de juros do país, devem ocorrer muito em breve.

Os dados mais recentes do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de maio apontaram para uma desaceleração em relação ao mês anterior. Em maio, o indicador subiu 0,23%, ante a alta de 0,61% registrada em abril.

Com isso, o indicador acumula alta em 12 meses de 3,94%, de +4,18% no mês anterior, abaixo da mediana projetada, de +4,03%.

“Agora, nós pesamos a exposição a taxas de curto prazo, visto que as expectativas em relação a cortes de juros podem estar mais carregadas”, diz a instituição.

O Brasil, um dos primeiros países a iniciar o ciclo de aperto monetário no pós-pandemia, está com os juros estacionados no patamar de 13,75% ao ano desde agosto do ano passado.

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Seleção

O BofA trocou a chave e está com novas preferências entre bond proxies, passando de ações de utilities para shoppings.

Na avaliação do banco, o ciclo de afrouxamento dos juros brasileiros esperado para agosto é o principal gatilho para os valuations de players de shoppings.

O BofA explica que as ações de operadoras de shoppings reportaram melhor performance do que outras bond proxies em maio. Em paralelo, os shoppings ainda negociam a spreads de taxas 130 pontos-base acima do histórico, o que pode levar a um upside (potencial de alta) adicional assim que o ciclo de queda começar.

O BofA gosta de Multiplan (MULT3) por seu foco em um segmento mais resiliente, o de consumo de alta renda. Enquanto isso, a Aliansce Sonae (ALSO3) apresenta uma percepção de risco menor após a fusão com a BR Malls (BRML3).

A seleção do banco norte-americano também inclui papéis mais alavancados e/ou com beta maior – como Eletrobras (ELET3), Eneva (ENEV3) e Rumo (RAIL3).

Analistas entendem que o setor de utilities (principalmente distribuidoras de energia) ainda pode se beneficiar de um de-risking regulatório.

No caso da Rumo, o BofA enxerga a companhia oferecendo o melhor risco-retorno no segmento de concessões, com riscos de alta especialmente em yields, dada um favorável potencial de demanda e oferta para transporte de grãos em 2024/25.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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