Economia

Selic: A ‘sinuca de bico’ do Banco Central, segundo gestora de Gustavo Franco

25 jun 2024, 18:31 - atualizado em 25 jun 2024, 18:57
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Na última segunda, o boletim manteve a perspectiva de Selic em 10,50% até o final do ano, ou seja, sem cortes para este ano (Imagem: Reuters/Ueslei Marcelino)

O Banco Central terá uma tarefa difícil pela frente, destaca consenso de julho da gestora Rio Bravo, de Gustavo Franco, em documento obtido com exclusividade pelo Money Times.

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Segundo Evandro Buccini, sócio e diretor de gestão de crédito e multimercado, José Alfaix, economista da Rio Bravo, a deterioração do ambiente doméstico, “paralelamente à dubiedade do cenário externo, transmite dúvidas a respeito da continuidade do ciclo de cortes e já se manifesta nas revisões altistas do Focus”.

Na última segunda, o boletim manteve a perspectiva de Selic em 10,50% até o final do ano, ou seja, sem cortes para este ano. Lembrando que o Banco Central pausou os cortes no Copom da semana passada, citando as incertezas com os dados inflacionários.

“Com a narrativa de desancoragem das expectativas de inflação sondando o comitê de política monetária, espera-se uma reação mais cautelosa (e alinhada) dos membros na próxima reunião”

Para a gestora, o diagnóstico é de uma economia doméstica que cresce com excessos.

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Na divulgação do PIB do primeiro trimestre, notou-se um crescimento de 0,8% da economia em relação ao último resultado, majoritariamente puxado pelo setor de serviços com 1,4% (vestuário sendo o destaque), e uma recuperação do setor agrícola de 11,3%.

No IPCA, a inflação foi de 0,46% contra os 0,42% esperados pelos economistas, e o indicador chega à casa de 3,93 na variação de 12 meses.

“Os olhares se voltam ao componente de serviços, que chega ao patamar de 5,09% no acumulado 12 meses, com serviços subjacentes e serviços intensivos em trabalho crescendo 0,41% e 0,49% no mês, respectivamente.”, coloca.

Já o mercado de trabalho continua em patamares elevados em relação àquela que “definimos como “taxa neutra de desemprego”.

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“A PNAD mostra uma taxa de desocupação de 7,5% enquanto temos uma taxa de equilíbrio estimada em 9,25%, podendo ser definida como o nível de ocupação que não gera pressões inflacionárias advindas do desequilíbrio entre oferta e demanda no mercado de trabalho (NAIRU)”.

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Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.