Comprar ou vender?

A tendência que está ‘apenas começando’ na Bolsa brasileira

25 maio 2023, 16:22 - atualizado em 25 maio 2023, 16:23
B3-Ibovespa-Mercados-Ações
Para os analistas, a aprovação do novo marco fiscal do Brasil pela Câmara dos Deputados é um evento positivo. (Imagem: Patricia Monteiro/Bloomberg)

O Itaú BBA disse notar uma clara mudança no posicionamento de seus clientes e na demanda de nomes defensivos para ações de beta elevado, de empresas como B3 (B3SA3),  BTG Pactual (BPAC11), Nubank (NUBR33), Inter (INBR32), PagSeguro (PAGS34) e StoneCo (STOC31).

Segundo a instituição, investidores estão com uma visão mais cautelosa sobre commodities de modo geral. “Essa rotação já começou, mas acreditamos que está apenas começando”, destacou o banco em relatório assinado por Marcelo Sá e equipe.

O Itaú BBA incluiu em uma “lista de compras” as ações de BTG, Grupo Soma (SOMA3), Localiza (RENT3), Nubank e Hapvida (HAPV3).

Estrategistas do banco encontraram investidores internacionais mais otimistas do que previam em evento mais cedo neste mês, argumentando que os preços no Brasil parecem atrativos em relação a outros mercados emergentes e que a bolsa brasileira provavelmente terá um bom desempenho quando houver maior visibilidade sobre cortes na taxa básica de juros.

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Novo marco fiscal

Para os analistas, a aprovação do novo marco fiscal do Brasil pela Câmara dos Deputados é um evento positivo, eliminando o risco de um quadro fiscal muito pior.

Ainda assim, eles ecoam avaliação dos economistas do Itaú de que nova regra não vai estabilizar a métrica dívida em relação ao PIB no curto prazo.

“Para isso acontecer, o governo teria que encontrar um volume enorme de receitas extraordinárias. Assumimos algumas receitas extraordinárias em nosso cenário base, e nossas simulações apontam para uma elevação da dívida bruta/PIB de 72,9% em 2022 para 87% em 2026”, acrescentaram.

De acordo com os estrategistas do Itaú BBA, a reforma tributária é a próxima grande pauta do país. Eles avaliam que a mudança envolvendo imposto sobre vendas será difícil de ser aprovada no curto prazo, pois o lobby de vários setores dificultará a fixação de um único IVA para todos.

*Com informações da Reuters

Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.