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A ‘verdadeira vantagem’ do BTG Pactual (BPAC11) na compra do Banco Pan, segundo o Itaú BBA

14 out 2025, 11:39 - atualizado em 14 out 2025, 11:39
BTG Pactual
(Imagem: Helena Aymeê / Shutterstuck)

Em um movimento aguardado pelo mercado, o BTG Pactual (BPAC11) anunciou na noite da última segunda-feira (13) a proposta de incorporação do restante das ações em circulação do Banco Pan (BPAN4).

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O negócio  prevê a troca de ações, sendo que os acionistas do Pan receberão 0,2128 units do BTG por ação preferencial. Leia mais sobre a operação aqui. 

Para os analistas do Itaú BBA, trata-se de uma transação que deve ser benéfica para ambos os bancos, ainda que os investidores do Pan tenham reagido com mais entusiasmo, fazendo os papéis saltarem mais de 20% nas primeiras horas do pregão. 

Isso porque a proposta do BTG implica em um prêmio de aproximadamente 30% sobre os preços das ações BPAN4 no fechamento da última segunda-feira, de R$ 7,70. Além disso, o Pan passa a fazer parte da “nave-mãe” chamada BTG Pactual, dizem Pedro Leduc, Mateus Raffaelli e William Barranjard, que assinam o relatório. 

Por volta das 11h20, as units BPAC11 recuavam 1,9%, cotadas a R$ 46,38. Ainda assim, o Itaú mantém a recomendação outperform, o equivalente à compra, para os papéis. 

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A ‘verdadeira vantagem’ para o BTG Pactual com o Pan (BPAN4)

Na ponta do lápis, os analistas do Itaú BBA entendem que o impacto no lucro por ação (EPS, na sigla em inglês) é inicialmente neutro para o BTG Pactual, de cerca de 2% no médio prazo, além de possíveis ganhos de receita relativamente baixos.

O mais importante para o banco de investimentos será a capacidade de ganhar agilidade operacional e um maior domínio estratégico sobre o negócio bancário, o que pode pavimentar o projeto de crescimento de longo prazo do BTG. 

“Vemos potencial de acréscimo através da carteira de crédito, monetização de créditos fiscais, economia nas despesas gerais e administrativas (SG&A) e benefícios fiscais relacionados à reputação do banco (goodwill)”, escrevem os analistas.

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Voltando alguns passos, o Banco Pan é líder em crédito para veículos usados e consignados, com uma carteira combinada de aproximadamente R$ 58 bilhões.

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Na visão do BBA, o Pan oferece ao BTG um motor de receitas via consignado e FGTS de aproximadamente R$ 20 bilhões por ano. “Clientes de consignado são cada vez mais um canal para depósitos principais e venda cruzada (cross-selling) de serviços tarifados, o que se alinha à estratégia de varejo de longo prazo do BTG”, escrevem.

Apesar do valor estratégico, o  retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) do Pan saiu de 17% em 2020 para cerca de 11% atualmente. Segundo os analistas do Itaú BBA, os custos de captação e os riscos pressionaram o indicador nos últimos anos. 

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É editor-assistente do Money Times, atua na cobertura de criptomoedas, criptoeconomia e tecnologia para o Crypto Times. Formado em jornalismo pela ECA-USP, graduando em Economia na Unifesp. Foi repórter no Seu Dinheiro, Editora Globo e SpaceMoney.
renan.sousa@moneytimes.com.br
É editor-assistente do Money Times, atua na cobertura de criptomoedas, criptoeconomia e tecnologia para o Crypto Times. Formado em jornalismo pela ECA-USP, graduando em Economia na Unifesp. Foi repórter no Seu Dinheiro, Editora Globo e SpaceMoney.
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